O Instituto de Desenvolvimento de Alimentos, Bebidas e Indústria Farmacêutica da Etiópia divulgou que em breve estabelecerá um instituto de desenvolvimento de processamento de café. O objetivo do projeto é aumentar os produtos processados do grão, assim como suas exportações e divisas.
Segundo o Diretor do Instituto Desenvolvimento da Indústria de Processamento de Bebidas, Aklilu Kefyalew, o estabelecimento do instituto ajudaria o país em aumentar o produto final, com o preparo de profissionais.
Para ele, é significativo reduzir a diferença crescente entre as exportações de café processados e não processados. “Aumentar a conscientização das partes interessadas e profissionais da esfera para impulsionar o produto processado é fundamental para esse fim”, disse.
Kefyalew ainda disse que o governo tem feito o melhor para conter os gargalos do setor, oferecendo treinamento em desenvolvimento de recursos humanos, melhorando infraestruturas e aplicando procedimentos estritamente legais.
As principais restrições no setor são a falta de qualidade e insumos suficientes, financiamento para importar maquinaria de alta tecnologia e baixa capacidade dos fabricantes. Segundo o diretor, o governo revisou as proclamações para aumentar o investimento estrangeiro e permitiu que os investidores importassem máquinas isentas de impostos.
Minilik Habtu, diretor executivo da Typica Specialty Coffee Exporter, disse que o estabelecimento do instituto de desenvolvimento de processamento de café apoiaria tanto os proprietários privados quanto as associações organizadas para fornecer produtos processados de café através de profissionais competentes.
Todo o design e estrutura do instituto já foram finalizados e sua construção começaria em três meses. Para Habtu, profissionais treinados que se formariam no instituto teriam experiência global na produção de café processado e ajudariam o esforço do país para penetrar no mercado internacional. “Isso também ajudaria a economizar o dinheiro que foi gasto em treinamento no exterior para profissionais do setor”, disse.
Habtu também afirmou que empresas nacionais de processamento de café do país não têm capacidade para exportar uma ampla gama de produtos processados de café. Com isso, o instituto ajudaria a melhorar o desenvolvimento de recursos humanos.
O país agora está trabalhando em colaboração com a JICA (Japan International Cooperation Agency) para exportar café torrado etíope de marca.
As informações são do The Ethiopian Herald / Tradução Juliana Santin