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Estudo sugere que café pode melhorar memória

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/01/2014

2 MIN DE LEITURA

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Um estudo americano sugere que o café, além de servir como estimulante, ajuda a melhorar a memória. O estudo, publicado na revista especializada "Nature Neuroscience", testou a memória de 160 pessoas durante 24 horas.

Os pesquisadores observaram que pessoas que tomaram comprimidos de cafeína tiveram um desempenho melhor em testes de memória do que as que ingeriram placebos.

O estudo, da Universidade Johns Hopkins, envolveu pessoas que não bebiam ou consumiam produtos com cafeína regularmente.

Os pesquisadores recolheram amostras de saliva dos voluntários para verificar os níveis de cafeína e os submeteram a um teste em que tiveram que olhar para uma série de imagens.

Cinco minutos depois, parte deles recebeu um comprimido de 200 miligramas de cafeína, o equivalente à cafeína presente em uma xícara grande de café segundo os pesquisadores, ou então um placebo. Os cientistas então recolheram outra amostra de saliva 24 horas depois.

No dia seguinte, os dois grupos foram avaliados para ver a capacidade de reconhecer as imagens vistas no dia anterior. Os voluntários foram expostos a uma mistura de algumas das imagens vistas no primeiro dia com algumas imagens novas e também algumas imagens sutilmente diferentes.

Ser capaz de diferenciar entre os itens semelhantes, mas não idênticos, é chamado de padrão de separação e indica um nível mais profundo de retenção na memória.

Entre os voluntários que consumiram cafeína, o número de pessoas capazes de identificar corretamente imagens 'semelhantes' era maior que o que repondia - de forma errada - que eram as mesmas imagens.

"Se tivéssemos usado uma tarefa padrão de reconhecimento pela memória, sem estes itens semelhantes e enganadores, não teríamos descoberto o efeito da cafeína", disse Michael Yassa, que liderou o estudo.

"Mas, estes itens exigem que o cérebro faça uma discriminação mais difícil, o que chamamos de padrão de separação, que parece ser o processo que é melhorado pela cafeína em nosso caso", acrescentou.

O período de apenas 24 horas pode parecer curto, mas não é este o caso para os estudos sobre a memória. A maior parte do esquecimento ocorre nas primeiras horas depois que a pessoa aprende algo.

Poucos efeitos

A equipe agora quer analisar o que acontece no hipocampo, o 'centro de memória' do cérebro, para compreender o efeito da cafeína. Apesar dos resultados promissores, Michael Yassa afirmou que as pessoas não devem beber muito café ou tomar comprimidos de cafeína. "Tudo com moderação. Nosso estudo sugere que 200 miligramas de café beneficiam aqueles não ingerem cafeína regularmente", disse Yassa.

O cientista afirmou que pode haver um outro tipo de resposta o que "sugere que doses mais altas (de cafeína) podem não ser tão benéficas". "Tenha em mente que, se você é um consumidor regular de cafeína, esta quantidade pode mudar", acrescentou.

"E, claro, é preciso lembrar dos riscos para a saúde. Cafeína pode ter efeitos colaterais como nervosismo e ansiedade em algumas pessoas. Os benefícios precisam ser medidos em comparação com os riscos."

Para Anders Sandberg, do Instituto Futuro da Humanidade da Universidade de Oxford, o estudo demonstrou que tomar cafeína logo depois de ver as imagens "melhora o reconhecimento delas 24 horas depois, dando apoio à ideia de que ajuda o cérebro a consolidar o aprendizado".

"Mas, não houve melhora direta na memória de reconhecimento graças à cafeína. Ao invés disso, o efeito foi uma pequena melhora na habilidade de distinguir entre as novas imagens que pareciam com as antigas das que eram realmente as antigas."

Para Sandberg, a cafeína pode ajudar uma pessoa a prestar mais atenção, mas a melhor forma de consolidar o aprendizado é dormir, o que pode ser um problema com o consumo de café.

As informações são do G1/Bem Estar, adaptadas pelo CafePoint.

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VALTER NISIO ANDRADE

PIUMHI - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/01/2014

Estes estudos deveriam ser usados no marketing do café.

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