Em 2018, a Natufert, em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), iniciou um estudo com o intuito de verificar a adaptabilidade das cultivares em diferentes regiões, condições climáticas e altitudes.
Intitulada “Projeto Seleção de Cultivares de Café Arábica” no Espírito Santo, a pesquisa busca compreender o comportamento de 10 cultivares de arábica distribuídas em toda a região de produção do estado, visando identificar o potencial de produtividade de cada uma, o comportamento em função das condições físicas e químicas e o padrão de qualidade da bebida.
“Com esse projeto será possível identificar o perfil sensorial, potencial produtivo e comportamento das principais cultivares de café plantadas no Brasil. Os resultados deste projeto irão embasar o entendimento sobre quais as cultivares apresentam os melhores desempenhos produtivos para cada região do estado. É algo inédito e inovador no Espírito Santo”, comentou Otávio Araújo, coordenador técnico da empresa de fertilizantes.
A Natufert apoia o desenvolvimento do projeto fornecendo toda a adubação das lavouras, do plantio até a fase final da produção. “Alinhado a isso, nossa equipe mantém visitas periódicas nas áreas realizando avaliações de desenvolvimento das plantas”, explicou.
As ações do projeto também contam com o trabalho dos pesquisadores e extensionistas do Incaper, além dos produtores de café. Foram implantadas 18 unidades experimentais nas cidades capixabas de Irupi, Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, Brejetuba, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Afonso Cláudio, Mantenópolis, Alto Rio Novo, Guaçuí, Muqui, Ibitirama, Irupi, Muniz Freire, Dores do Rio Preto e Alto Rio Novo.
As cultivares selecionadas de café arábica pelo projeto são: catucaí vermelho 785/15, catucaí amarelo 2SL, catucaí amarelo 24/137, com seleções do extensionista do Incaper; Cesar Abel Krohling, catuaí vermelho IAC 44, catiguá MG2, IPR 103, arara, acauã novo, tupy e japi.
Os primeiros resultados do estudo acontecem na safra 2022/2023, quando serão processadas 760 amostras de grãos de café produzidas nas 18 unidades. Além de todos os benefícios que serão criados em relação ao perfil sensorial (sabor e aroma) dos grãos, conforme a região de cultivo, a pesquisa deve agregar valor ao preço do café e atrair novos pólos turísticos. “As pessoas vão ter interesse em provar os diferentes sabores e aromas. Isso vai movimentar estabelecimentos nas propriedades e também quem vive no entorno. Será algo transformador”, destacou o coordenador.
As informações são do Dia a Dia ES.