A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Nespresso são parceiras na implantação de estratégias de controle biológico conservativo em fazendas produtoras de café do Cerrado Mineiro. O Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável trabalha com estímulos à adoção de boas práticas nas lavouras cafeeiras fundamentadas em três pilares básicos: qualidade, sustentabilidade e produtividade.
Em um primeiro momento, a parceria entre as empresas envolve um workshop com foco no manejo de pragas agrícolas nas lavouras de café e hortaliças por meio da conservação de inimigos naturais. A pesquisadora da Epamig, Madelaine Venzon, será responsável por conduzir a discussão nesta sexta-feira (27). Os participantes do workshop serão produtores, agrônomos e demais envolvidos no Programa.
Em seguida, estão previstas implantações de unidades demonstrativas em fazendas produtoras de café do Cerrado Mineiro. A primeira etapa engloba oito fazendas localizadas em municípios do Triângulo e do Alto Paranaíba, além do apoio da equipe do Campo Experimental da Epamig de Patrocínio (MG).
Segundo Madelaine Venzon, a parceria entre Epamig e Nespresso surgiu de um interesse mútuo das duas empresas. "A Nespresso reconhece a importância da pesquisa da Epamig e das ações com foco na sustentabilidade do agro ecossistemas cafeeiros. Isso vem ao encontro dos objetivos do controle biológico conservativo. Nós desenvolvemos pesquisas nessa área há 20 anos e algumas estratégias mais recentes necessitam de escalonamento em fazendas. Por isso, trata-se de uma parceria positiva para ambas", destaca.
De acordo com o líder do Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável no Brasil e no Havaí, Guilherme Amado, a Nespresso possui o compromisso de atingir a neutralidade de carbono até 2022. A empresa aposta no modelo de cafeicultura regenerativa para alcançar a meta.
"Nos últimos cinco anos viemos gradativamente implementando, em parceria com os produtores em suas fazendas, um processo de transição do modelo convencional de cafeicultura para o modelo regenerativo. Este modelo é baseado em solo saudável, água, carbono e biodiversidade. Os controles biológicos e agroecologia estão alinhados com esses objetivos. Além disso, essa transição precisa ser lucrativa para o cafeicultor, e as soluções baseadas na natureza são ideais", explica Guilherme Amado.
Para Madelaine Venzon, a cafeicultura regenerativa está focada em práticas para a diminuição dos impactos das mudanças climáticas. A pesquisadora conta que o Brasil, por se tratar do país que mais produz e exporta café no mundo, tem a oportunidade de ser protagonista na adoção da cafeicultura regenerativa.
O Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável existe desde 2003 em esfera global. A iniciativa, que nasceu como uma plataforma de apoio aos produtores de café, compartilha técnicas obtidas a partir das experiências acumuladas em lavouras ao redor do mundo. Atualmente, mais de 110 mil fazendas parceiras em 17 países são auxiliadas por mais de 450 agrônomos.
No Brasil, o Programa teve início em 2005 e foi desenhado de acordo com as características locais da cafeicultura, adaptado às necessidades individuais de cada fazenda. Hoje, 100% do café no Brasil é adquirido por meio do Programa, ou seja, de maneira sustentável.
O relacionamento de longo prazo e direto com os produtores em suas fazendas garante um fornecimento de café de alta qualidade, produzido a partir de um manejo sustentável e regenerativo. Além disso, o Programa tem compromisso com o meio ambiente e ajuda os produtores nas práticas de agricultura regenerativa e na recuperação florestal.
As próximas ações serão divulgadas nos sites e redes sociais oficiais das empresas.
As informações são da Epamig.