Por Thais Fernandes, de Guarujá (SP)

O chefe de pesquisa relacionada a café da Armajaro Research Neil Rosser apresentou, nesta quinta-feira (5/5), a estimativa de que o Brasil produza até 55,5 milhões de sacas na safra 2016. Neste número estariam representa 42 milhões de sacas de arábica e 13,5 milhões de sacas de café robusta. A empresa britânica apresentou os dados durante palestra no 21º Seminário Internacional de Café de Santos, nesta quinta-feira (5/5), no Guarujá (SP).

Durante sua explanação, Neil confrontou os dados de produção emitidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), consumo e exportação do Brasil, alertando para o fato de que a conta não fecharia entre demanda e consumo, a não ser que os estoques sofressem forte baixa.

Já em abril de 2015, uma importante corretora e exportadora brasileira, o Escritório Carvalhaes questionava: “Como será coberta a diferença entre o tamanho da nova safra e a necessidade brasileira de café?”. Segundo a exportadora, os altos volumes exportados, somados aos sérios problemas climáticos em 2014, tornariam difícil a missão de suprir a demanda que estava por vir. “O Brasil terá de atender seus compromissos de exportação e consumo interno, cerca de 55 milhões de sacas, com a safra que começamos a colher neste mês de abril”, apontava à época.

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Este ano, o Escritório Carvalhaes voltou a comentar o assunto. “Não existem números circulando no mercado, mas os estoques privados de café no Brasil estão muito baixos, provavelmente os menores da história. Diminuem a cada dia, pois os embarques brasileiros continuam bons, em nível surpreendente para um período de entressafra. Depois de dois anos de secas e problemas climáticos nas principais regiões produtoras de café do Brasil, conjugados com recordes históricos de exportação em 2014 e 2015, é forte o sentimento no mercado de que nossos estoques de café estarão praticamente zerados no final de junho próximo, quando termina o ano-safra 2015/2016”, informou a empresa, em boletim divulgado no último dia 8 de abril.

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O chefe de pesquisa de café da Armajaro Research apontou, também, uma queda na produção mundial do grão em 2,2 milhões de sacas de café para este ano. Neil reforçou a importância brasileira no âmbito global. “O Brasil é um país que consegue conectar rapidamente o mundo”, pontuou.