Agora, a Embrapa contempla, em seu Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI), o café arábica. O SiBCTI procura classificar as terras segundo a interação de vários planos de informação, de modo que o ambiente seja avaliado de forma integrada, maximizando o manejo da agricultura irrigada. Já fazem parte do projeto a acerola, banana, cana-de-açúcar, melancia, uva e goiaba. “Pretendemos, ano que vem, incluir o arroz e, em 2021, a soja”, revela o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro/RJ), Fernando Cezar Saraiva do Amaral.
O Sistema evita que terras que não possuem aptidão para irrigação sejam incluídas no processo produtivo, minimizando o impacto ambiental e perda de recursos financeiros. Ele também possibilita o uso racional da água, além de prevenir a salinização dos solos manejados, grave problema ambiental e econômico, principalmente no bioma semiárido.
A primeira versão do SiBCTI, lançada em 2005, foi resultado de cooperação entre a Embrapa e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf). Contou ainda com o apoio de diversas instituições e profissionais atuantes nas áreas de pedologia e irrigação. Sua criação foi necessária, buscando a evolução do antigo sistema às condições de solo, manejo e socioeconômicas nacionais.
Desde 2016, o Sistema conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O grupo de trabalho, liderado pela Embrapa Solos, deu início à terceira versão, ou simplesmente “versão nacional”. Nesta fase, são estudados todos os biomas nacionais onde se pratica intensamente a irrigação, com constante atualização.
O Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação está disponível online aqui.
As informações são da Embrapa.