Relatório mensal junho 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, aponta que a demanda de café em nível mundial no ano-cafeeiro de 2018 foi calculada em 164,64 milhões de sacas, das quais 114,38 milhões foram consumidas pelos países importadores e 50,26 milhões pelos países exportadores.
Com base nesse parâmetro global, se for estimado um aumento da demanda aplicando a taxa de crescimento de 1,5% ao ano, o consumo atingirá 196,84 milhões de sacas até 2030. Mas, se aplicada uma taxa de crescimento um pouco maior, de 2% ao ano, para esse mesmo período, a demanda poderá ser de 208,80 milhões de sacas. E, num terceiro cenário, com a demanda se expandindo em torno de 2,5% ao ano, o consumo mundial de café em 2030 poderá ser de até 221,42 milhões de sacas de 60kg ao ano.
Uma retrospectiva dos dados e números dos últimos 20 anos aponta que, no ano 2000, a demanda de consumo foi de 105,50 milhões de sacas, em que os Cafés do Brasil participaram com 31,1% disso. Em 2004, quando a demanda global cresceu e atingiu a marca de 120 milhões de sacas, o café brasileiro participou com 35,7% do consumo dos cinco continentes.
Na sequência, em 2008, cujo consumo registrado no planeta foi de 132,96 milhões de sacas, a participação do Brasil no fornecimento do produto foi 37%. Em 2012, ano em que o consumo global atingiu 145,37 milhões de sacas, os Cafés do Brasil tiveram uma participação de 35,2% do mercado. E, por fim, em 2018, o consumo foi de 164,64 milhões de sacas, a participação brasileira no suprimento do consumo global subiu para 37,7%.
Conforme consta no Relatório, o Brasil exportou 41,1 milhões de sacas de café no ano safra 2018/2019, período que compreende os meses de julho de 2018 a junho de 2019. Esse desempenho representa um recorde das exportações brasileiras, cujo volume físico equivalente a sacas de 60 kg, com um incremento de 35% em comparação com o mesmo período anterior, no qual foram exportadas 30,5 milhões de sacas de café. Tais dados consideram a soma das exportações de café verde, solúvel e torrado & moído.
Com base nisso, constata-se que o café arábica representou 81,7% das exportações, com a venda de 33,6 milhões de sacas para o exterior; o solúvel, com 9,5% (3,9 milhões de sacas); e o robusta, com 8,8% (3,6 milhões de sacas). Na comparação com o ano anterior, os Cafés do Brasil exportaram 27,9% a mais de café arábica, 11,3% a mais de café solúvel e 429,1% a mais de café robusta. A receita cambial foi de US$ 5,3 bilhões (equivalente a R$ 20,8 bilhões), representando também um aumento de 9,8% em relação ao mesmo período anterior. O preço médio do produto exportado foi de US$ 131,14, valor que representa uma queda de 18,7% em relação à safra anterior.
O relatório completo está no site da Embrapa.
As informações são da Embrapa Café.