Uma estimativa da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia (FNC) aponta que, para o primeiro semestre deste ano, deverão ser produzidas 6,06 milhões de sacas de 60 kg, queda de 1,4% quando comparado ao mesmo período de 2020, que atingiu 6,14 milhões de sacas. Embora esteja em linha com os históricos registrados nos últimos anos, segundo a entidade, isso ocorre por conta dos efeitos climáticos.
O gerente da FNC, Roberto Vélez, explicou que a projeção resulta de uma amostragem realizada entre os dias 19 de janeiro e 5 de fevereiro, indicando uma leve redução na colheita por conta do efeito do fenômeno La Niña, visto desde meados do ano.
“O La Niña traz consigo o aumento das chuvas, maior nebulosidade, redução das horas de luz, temperaturas mais baixas e excesso de água, o que faz com que a planta não tenha déficits hídricos temporários, que são os que estimulam as florações em maior volume”, acrescentou o gerente técnico da FNC, Hernando Duque, em comunicado.
A safra de café da Colômbia, terceiro país que mais produz café no mundo, depois do Brasil e do Vietnã, recuou 6% em 2020, para 13,9 milhões de sacas de 60 kg. O país possui 855 mil hectares cultivados com café e cerca de 500 mil famílias dependem dessa atividade.
As informações são da Reuters.