O CaféPoint recebeu a dúvida de um leitor sobre problema que ele verificou na lavoura, mas não conseguiu identificar se é realmente uma doença e se sim, qual pode ser. A questão que Claudemir Schwan nos enviou é a seguinte:
“Sou estudante de Agronomia, gostaria de saber se podem me ajudar a identificar uma doença que vem tirando o sono de alguns produtores da minha região. Essas são as fotos que registrei dos pés de café que estão infectados com a doença. Seria essa doença à chamada seca dos ponteiros?”. Veja as fotos:
1- O cafeeiro é da espécie conilon.
2- Os frutos de algumas plantas apresentavam alguns furos mas estes eram encontrados tanto em plantas doentes com em plantas sadias e são furos causados por broca, visto que constatamos a presença de alguns desses insetos nos grãos furados.
3- O problema afeta ramos laterais e apicais, sendo que pelo que pude observar a doença começa dos ramos laterais até afetar a parte apical do ramo causando a morte do mesmo. Consequentemente, os ramos que brotam após a morte do primeiro, fica bem estabelecido no início, mas depois também desenvolve a doença.
Veja os novos registros:
1- Nas hastes ortotrópicas é provável ser a traqueomicose, causada por fusariose ou, ainda, nelas e nas laterais, pode ser a broca das hastes, (Xiloborus);
2- Nas ramas laterias pode ser estresse por carga, mais estiagem. Como parece que na haste ele tentou mostrar um furinho, confirma a broca. Caso a haste maior seque, como mostra no ponteiro da planta e na parte lateral da planta pode ser a traqueomicose. Estas pragas/doenças são exclusivas de café robusta.
“Quase certo é se tratar da broca dos ramos, pois ela ataca tanto os laterias como os ramos ponteiros. Outra alternativa para a morte de alguns ramos é a seca de ponteiros por estresse nutricional”, pontuou José Braz Matiello. “Repare que alguns casos a visualização da lavoura facilita bastante o diagnóstico em alguns casos que são mais difíceis, mas, espero ter ajudado nosso colega”, finaliza Marcelo Jordão, lembrando a importância de contatar técnicos e colegas para observar os problemas no campo.