Dólar em alta pressiona cotações do café

As cotações do café em Nova Iorque e Londres subiram até quarta-feira, mas recuaram ontem com a forte alta do dólar, impulsionada pelo crescimento acima do esperado do PIB dos EUA no segundo trimestre. Na sexta-feira (29), os contratos de arábica oscilaram, romperam a barreira de US$ 2,50 por libra peso, mas fecharam em queda. 

Os contratos de robusta na ICE Europe, em Londres, trabalharam em alta, chegando a ultrapassar os US$ 5 mil dólares por tonelada no decorrer do pregão.

O Banco Central do Brasil realizou na sexta (29) um leilão extraordinário de US$ 1,5 bilhão, mas o dólar continuou a subir, pressionando as cotações do café em Nova York. 

Os problemas climáticos continuam afetando a produção de café no Brasil, especialmente devido à seca severa que persiste há mais de 130 dias, impactando a safra de 2025. O mercado físico brasileiro teve uma semana de baixa atividade, com poucas negociações devido à volatilidade das cotações e do dólar.

Na sexta (29), os contratos de arábica para dezembro na ICE Futures US, terminaram o pregão valendo US$ 2,4405 por libra peso (- 355 pontos). No balanço desta semana caíram 325 pontos. Já na ICE Europe, em Londres, os contratos de canéfora para novembro bateram US$ 5.180 dólares, e fecharam valendo US$ 4.948 por tonelada (+US$ 47). 

Na terça (27) o indicador Cepea/Esalq do canéfora registrou preço médio de R$ 1.423,48 (saca de 60 kg), o maior valor real da série histórica do Cepea, iniciada em novembro de 2001. No acumulado de agosto, o indicador já registra alta de mais de 12%. Já o indicador Cepea/Esalq do canéfora, no mesmo dia, registrou preço médio de R$ 1.423,48 (saca de 60 kg), o maior valor real da série histórica do Cepea, iniciada em novembro de 2001. 

Estoques de cafés certificados (na ICE Futures): fecharam a sexta (29) em 847.873 sacas. 

IC Futures Nova York: fecharam o pregão do dia 29 valendo R$ 1.819,14.

Emissão de certificados de origem para embarque em agosto: 3.372.801 sacas

O tempo seco predomina sobre a maior parte das áreas produtoras de café do Brasil nos próximos dias e as temperaturas vão apresentar rápida elevação, tanto as mínimas, quanto as máximas. As condições de tempo devem se alterar pouco até o final da primeira quinzena de setembro. Entre os dias 5 e 7,  a passagem de uma frente fria pela costa brasileira provocará  uma ligeira mudança no tempo sobre a faixa leste do Sudeste, gerando chuvas apenas no sul da Bahia. Na Alta Mogiana Paulista e no sul de Minas Gerais podem ocorrer nuvens e oscilação das temperaturas, mas sem mudanças significativas (Climatempo).

Embarques de café em agosto: 3.023.183 sacas ((2.095.049 sacas de arábica + 705.156 sacas de conilon + 222.978 sacas de café solúvel), uma leve queda em relação a julho (3.083.477 sacas).