Em entrevista ao canal Notícias Agrícolas, a diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vanusia Nogueira, trouxe uma notícia positiva de que os países asiáticos já estão retomando as compras dos cafés especiais brasileiros.
“Como compradores da Europa não poderão vir para o Brasil, eles já começaram a nos pedir amostras. O mercado americano segue uma incógnita, é o nosso maior mercado, então é um processo que realmente nós temos que acompanhar de perto”, afirma Vanusia.
Segundo ela, poucos contratos foram cancelados em termo de volume, mas o momento é acompanhar de perto o interior de São Paulo, o sul do País e Brasília, que são importantes consumidores e, no momento, passam pelo alto índice de casos de Covid-19 (coronavírus). Fato que os produtores devem se atentar para a venda da nova safra, já que algumas cafeterias e microtorrefações precisam avaliar como ficarão os negócios.
Em relação à safra 2020/2021, Vanusia reforça que o clima tem ajudado muito a produção. “Sem chuva é ótimo para o período de colheita, seguramente teremos cafés maravilhosos. O produtor brasileiro aprendeu e se engajou em produzir o café de qualidade. Tudo promete que será uma safra tão boa ou até mesmo melhor que a de 2018”, afirma.
Já para os outros países produtores, Vanusia explica que eles sofrem muito, principalmente na América Central, que demandam de mão de obra na colheita. “Esses trabalhadores vem de outros países, o que foi proibido. Então muitos não tinham funcionários suficientes para a colheita, já que na maioria é feita de forma manual. Outro problema foi o escoamento. O Peru, por exemplo, ficou todo fechado, colheu o café e não tinha como vender. Na África os portos estavam parados. Nós temos o privilégio do agronegócio e serviços nos portos e transportes serem considerados essenciais. Isso nos ajudou muito a escoar a produção de uma forma mais tranquila”, finaliza.
As informações são do Notícias Agrícolas.