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Defensor biológico para o café deve chegar ao mercado

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/03/2014

2 MIN DE LEITURA

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Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Universidade Federal de Lavras (Ufla) estão finalizando trabalhos a respeito do fungo Claridosporium claridospoides, ao qual estão atribuídas bebidas de boa qualidade. O fungo pode atuar contra diversas espécies de microrganismos que atacam lavouras de café e prejudicam a formação e a qualidade dos grãos. Em breve, o defensor biológico pode ganhar o mercado.

A espécie foi encontrada em 1989, durante investigações realizadas, conjuntamente, por pesquisadores das duas instituições que buscavam compreender a influência de microrganismos sobre a qualidade do café. Sob coordenação da doutora em fitotecnia, Sara Maria Chalfoun, a equipe detectou que poderia explorar as propriedades do C. claridospoides como agente antagonista aos fungos deletérios à qualidade da planta.

"Percebemos que o Claridosporium apresentava ação antibiótica em favor dos frutos, uma vez que ele hiperparasita os demais microrganismos que atacam o carpo e o danificam, comprometendo a formação e a qualidade dos grãos", explica. Segundo ela, foi o início de um trabalho revolucionário para a indústria cafeeira.

Os pesquisadores desenvolveram métodos para isolar o fungo, que, cultivado em laboratório, seria adaptado para aplicação em plantações de café, em forma de biodefensivo. Devidamente patenteado, o produto está em processo de registro comercial, mas já encontra terreno para aplicações, em regime de teste, nas lavouras de todo o Estado. "O produto consiste de uma suspensão concentrada do fungo, purificado e multiplicado, inoculada em água agregada a substância que confere aderência ao produto", explica Chalfoun. O produto não recebe aditivos químicos em sua composição.

Sem toxinas - De acordo com a pesquisadora, além de melhor paladar, o café cultivado com o bioprotetor, em lugar de fitossanitários, adquire características mais saudáveis. "O fungo não produz toxinas, nem deixa vestígios de substâncias nocivas. Ademais, o Claridosporium só atua durante o período de frutificação.

Na secagem dos grãos, o fungo é completamente eliminado". Outra vantagem é a proteção do grão nessa fase, período em que não se recomenda a aplicação de defensivos, devido ao risco de absorção. O grupo se dedica, ainda, a estudos que visam a adequação ambiental para melhor acomodar o fungo e possibilitar sua reprodução natural.

A base de conhecimento adquirida pela equipe ramificou-se em diversas outras pesquisas de natureza similar. Um desses produtos busca inibir a formação de mucilagem, substância gelatinosa que se forma no invólucro do grão e favorece a fermentação. "O produto é composto por enzimas fúngicas capazes de metabolizar a pectina, maior componente da substância", esclarece Sara Chalfoun.

Bioinseticida que combate a broca-do-café está em estudo

Outro produto em fase de desenvolvimento é o bioinseticida. Seu alvo é a broca-do-café, uma das piores vilãs da indústria cafeeira no Brasil, para a qual ainda não existem defensivos em circulação no mercado. A pesquisa em andamento visa à seleção de organismos com potencial para produção de quitinase, metabólico apto a degradar a quitina, principal componente do exoesqueleto da espécie.

Além desses produtos, a equipe trabalha no desenvolvimento de um solubilizador de fosfato, substância indispensável ao bom funcionamento do metabolismo vegetal. "Geralmente, o fosfato é abundante no solo onde o café é cultivado, mas, em estado sólido, revela-se impróprio à absorção pela planta. Nosso produto atua no sentido de torná-lo disponível para o cafeeiro", afirma a pesquisadora Sara Maria Chalfoun.

Os mais recentes estudos tratam do desenvolvimento de biofiltros, que, com incorporação de determinados fungos emissores de cargas voltaicas, promovem a retenção de resíduos metálicos encontrados na composição de fitossanitários e que podem contaminar as lavouras. "Atualmente, safras do café sofrem significativas reduções mediante a detecção de resíduos metálicos nos grão, que devem ser descartados", completa.

As informações são do Diário do Comércio, adaptadas pelo CaféPoint
 

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GLÓRIA NUNES

PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 05/04/2014

Uma ótima notícia ! Quando encontraremos o produto no mercado ? E o produto auim que também é indicado para broca realmente funciona e onde é encontrado ?
PAULOAURILIETTI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/04/2014

paulo cesar aurilietti

divinolandia sp produtor

na loja sementes rio pardo localizadona cidade de s. josé do rio pardo se encontra um produto biologico com o nome de auim é indicado para broca com selo do ibde. eu já apliquei e o resultado foi muito bom
LEONARDO CARVALHO CALDEIRA

CAPARAÓ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/04/2014

Parabéns pelos estudos da broca e do defensor biológico,ja pode ser encontrado mesmo em em fase de teste?obrigado Leo
CARLOS ALBERTO DE CARVALHO COSTA

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 31/03/2014

O fungo Beauvaria Bassiana atua na broca do Café?
WALCI NUNES LEITAO

SANTO ANTÔNIO DO AMPARO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/03/2014

Parabéns Pela Iniciativa dos Estudos em relação à broca e ao defensor biológico. Acredito no resultado deste trabalho porque os profissionais envolvidos são pessoas competentes e dedicadas em buscar resultados que venha ajudar no desenvolvimento da cafeicultura brasileira. Obrigado por vocês existrem. Saudades de um ex aluno da maior universsidade de agricultura do Brasil (escola  superior de agricultura de lavras - ESAL).



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JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/03/2014

Investimento na pesquiza agropecuária, gera agregação de valor e renda, muito importante.
PAULO ROBERTO PINTO DE AZEVEDO

SALVADOR - BAHIA

EM 26/03/2014

Bom dia. Gostaria de saber se o defensor biologico pode ja ser encontrado em alguma parte mesmo em fase de testes. obrigado paulo azevedo

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