A tecnologia se faz cada vez mais presente no campo, seja com novos maquinários que facilitam os processos de pós-colheita ou até mesmo com os aplicativos que surgem para ajudar os produtores a terem uma visão mais ampla de sua propriedade. Agora, devido à pandemia de Covid-19 (coronavírus) que estamos enfrentando, muitos cursos e palestras que aconteceriam de maneira presencial precisaram ser readaptados ao mundo digital para que o produtor, mesmo em tempos difíceis, receba informações de qualidade para dar continuidade aos serviços no campo.
“É importante para nós nos atualizarmos nos processos tecnológicos de colheita e pós-colheita, com processos de classificação, e também nas políticas cafeeiras que nos trazem os cenários atuais”, comenta o produtor Fernando Barbosa, da Fazenda Velha, no Vale dos Arrudas, em São Pedro da União (MG). Além desses pontos, ele reforça a importância do meio digital em trazer informações sobre as atualizações do mercado mundial de café.
Porém, mesmo com os pontos positivos, o cafeicultor tem observado que muitos outros colegas ainda sentem dificuldades em se adaptarem a nova realidade, “Muitos não estão entrando nas salas de vídeo, o que acaba desmotivando outros”, relata.
Outro setor que também foi afetado pela pandemia foi o de eventos. O 5º Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura do Cerrado Mineiro, por exemplo, precisou ser repensado e aconteceu este ano no YouTube em parceria com o projeto Fala Café, organizado pelo CaféPoint e pela Revista Espresso.
Para Aparecida Valério, produtora do Sítio Recanto dos Tucanos, atual campeão do Coffee of the Year, essa readaptação para o espaço digital tem sido de grande valia. “As lives que assistimos foram todas com conteúdos relevantes, claros e firmes. Percebemos que precisamos muito do corpo a corpo, mas estamos a cada dia nos adaptando”, comenta.
Dentro das lavouras
Durante o período de quarentena, grande parte visitas técnicas foi reduzida ou adaptada ao ambiente virtual. Em São Pedro da União, na propriedade de Fernando, os técnicos continuaram indo pessoalmente, porém, em horários alternativos. “Os técnicos ligam, agendam os horários e usam os EPIs”, explica.
Como estão acontecendo as visitações técnicas na sua fazenda? Você tem acompanhado eventos e cursos de maneira online? Deixe seu comentário na caixa abaixo!