Especialistas da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) informam que apesar da perspectiva de aumento da oferta com a proximidade da colheita da atual safra, fato que tem contribuído para a desvalorização dos grãos, o cafeicultor não pode descuidar dos tratos culturais das lavouras.
Considerando que o verão, que acabou de encerrar, foi bem chuvoso, o desenvolvimento de doenças fúngicas foi favorecido pelo ambiente com maior umidade. É necessário que os cafeicultores intensifiquem o monitoramento das lavouras para acompanhar mais atentamente o possível desenvolvimento de infecções causadas por ferrugem, cercosporiose e phoma e, em caso positivo da presença de qualquer uma delas, iniciar o mais breve possível o controle pelos meios usuais.
Para algumas regiões o início da colheita deve ocorrer dentro de aproximadamente 40 dias. É importante que os cafeicultores planejem com antecedência as suas colheitas, além de fazerem as revisões de suas máquinas, com as lubrificações necessárias e substituição de peças, como camisa do descascador, e adquirir outros materiais necessários para a etapa da colheita, como panos e peneiras.
De acordo com a Epamig, no mês de abril, tem início o período mais seco do ano para a maior parte do país, o qual é intensificado no inverno e se estende até setembro, mês que ocorre o início da primavera. É esperada, de forma natural, a redução no volume de chuvas na maior para do Brasil. Na região Sudeste, apenas para algumas partes do estado de Minas Gerais, e para o nordeste de Goiás é esperado que as chuvas ocorram dentro ou pouco acima da média do mês.
No mês de março foi registrada chuva em todo o estado mineiro, sendo que em uma faixa central, que compreende parte do Noroeste, Triângulo Mineiro, Central Mineira, Metropolitana e Zona da Mata, a chuva foi mais presente. O excesso de chuvas foi devido a atuação da faixa de nuvens chamada da Zona de Convergência do Atlântico Sul, que se estende desde o sudeste do Amazonas até o Oceano Atlântico.