O Parlamento cubano propôs a realização de investimentos para reativar o cultivo de café, que caiu 90% em menos de meio século, afetado pela deterioração das plantações e pelo êxodo dos produtores, segundo autoridades do setor.

Cuba, que chegou a produzir cerca de 60.000 toneladas na década de 60, produz atualmente 6.000 toneladas de café. O país gasta US$ 50 milhões na importação de café e insumos, disse o presidente da Comissão Agroalimentar, Leonardo Martínez, e disse que essa entidade propôs, à medida que se recupere a produção local, dedicar esses recursos ao desenvolvimento do setor. "A Comissão está buscando que cada vez mais haja uma obrigação de que os produtores de café fiquem com a maior quantidade possível desses recursos financeiros para o bem-estar e desenvolvimento local das comunidades".

Após visitar as regiões produtoras de café, concentradas em montanhas do oriente e centro da ilha, Martínez explicou que a queda produtiva ocorreu pela deterioração das plantações e pela emigração de produtores dessas zonas.

Segundo informações da imprensa cubana, faltou nos últimos anos uma política estratégica e coerente do Governo, que não distribuiu recursos suficientes ao cultivo de café, assim como baixou o preço pago aos produtores pelo grão, "muito abaixo de suas expectativas".

O Governo cubano aprovou um programa para o desenvolvimento do café no período de 2009-15, ao qual os deputados propuseram somar outros cultivos de montanhas, como cacau, coco e madeiras.

A reportagem é da Agence France-Presse (AFP), traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.