Para o economista e professor da ESPM Porto Alegre, Rodrigo Feix, a crise dos fertilizantes, gerada pela redução da produção da China e pela elevação dos preços desses produtos, deve ser sentida nas safras futuras.
“O risco de desabastecimento de insumos é mais alto para a safra 2023, caso os países exportadores não regularizem a oferta e o Brasil não consiga desenvolver outros fornecedores ou estabelecer acordos preferenciais. Na prática, essa incerteza tende a continuar inflando os preços no médio prazo”, explica.
Para a próxima safra de grãos a ser colhida em 2022, que está sendo cultivada neste momento, os ajustes se refletem nos preços do fertilizante e na redução das margens de lucro para os agricultores brasileiros.
“Os alertas para o problema foram dados ainda no primeiro trimestre, mas muitos produtores focam na eficiência operacional e têm um planejamento econômico-financeiro precário”, afirma o economista.