A demanda por produtos agrícolas certificados cresce rapidamente, especialmente em países desenvolvidos, apontou a edição do agosto do Boletim Ativos do Café. Nestes, a exigência de informações sobre o processo produtivo adotado e a origem dos produtos é maior, de forma a garantir sua rastreabilidade e qualidade, bem como características ligadas à sustentabilidade socioambiental.
No Brasil, a cultura que talvez mais se destaque no tocante às certificações é a cafeicultura. O levantamento feito em parceria pela Superintendência Técnica da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e o Centro de Inteligência em Mercados (CIM) - da Universidade Federal de Lavras (Ufla) destaca dados sobre este seguimento. De acordo com o Bureau de Inteligência Competitiva do Café (www.icafe.br), atualmente o país é o maior produtor e fornecedor de cafés certificados do mundo, com 80% no período, passando de 668.886 sacas em 2010 para 1.216.794 em 2014, com aumento mais expressivo a partir de 2012. Os principais destinos deste produto são a Alemanha, Reino Unido e Japão, que respondem, respectivamente, por 35%, 15% e 10% do volume exportado sob a certificação.
Além dos benefícios socioambientais e de gestão, o produtor recebe um ágio pelo café certificado, permitindo melhorias em sua qualidade de vida e o reinvestimento na atividade. Desta forma, espera-se que a certificação na cafeicultura nacional continue em rápido crescimento e que seus benefícios, aos poucos, cheguem a uma maior parcela da sociedade em geral.
Elaboração: CIM/UFLA