Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre julho do ano passado a abril deste ano, foram liberados R$ 201,43 bilhões aos produtores rurais e às cooperativas de produção. O crescimento foi de 12% em relação a igual período da safra anterior. “Decorridos dez meses da safra 2020/2021, o valor das contratações de crédito rural continua com desempenho crescente, indicativo de que todo o orçamento programado será executado” explica o diretor de Crédito e Informação Mapa, Wilson Vaz de Araújo.
De acordo com o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, a novidade é que nesse montante foram contabilizadas as aquisições de CPRs (Cédulas de Produto Rural) e operações com agroindústrias, que somaram R$ 10,84 bilhões entre julho e fevereiro deste ano.
O destaque desta safra tem sido para o investimento, cuja elevação percentual foi de 46%, comparativamente à safra passada, atingindo R$ 59,56 bilhões. O custeio teve um crescimento de 19% e representou R$ 102,46 bilhões. Pela primeira vez nesta safra, a comercialização aumentou o montante contratado (R$ 18,35 bilhões) e a industrialização atingiu R$ 10,22 bilhões, com crescimento equivalente a 4%.
Do total das operações contratadas no período, as fontes controladas correspondem a 60%. No caso do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), essas fontes respondem por quase 100% do valor contratado, o que evidencia a prioridade de acesso ao crédito rural oficial aos pequenos e médios produtores.
Entre as contratações de crédito rural realizadas com recursos controlados (R$ 120,19 bilhões), destaca-se a participação da Poupança Rural Controlada (R$ 45,78 bilhões) e dos Recursos Obrigatórios (R$ 37,95 bilhões), apesar da diminuição em 16% na utilização destes comparativamente à safra passada.
Quanto à participação das fontes não controladas (R$ 81,24 bilhões), a LCA – Letras de Crédito do Agronegócio (R$ 38,29 bilhões) e a Poupança Rural Livre (R$ 25,11 bilhões) foram as mais representativas. Especialmente neste final de safra, ficou evidenciado o aumento de 6% das contratações com fontes não controladas e de 17% com fontes controladas.
Em relação aos financiamentos realizados nos programas de investimento, com recursos da fonte BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e administrados pelo Mapa, os programas que se destacaram pelo valor contratado e respectivo aumento foram: o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), com R$ 7,10 bilhões (9%); o Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), com R$ 2,15 bilhões (10%); o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), com R$ 1,58 bilhão (27%); o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com R$ 1,84 bilhão (63%); e o Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra), com R$ 766 milhões (117%).
As informações são da Comunicação Mapa.