Após várias sessões de baixas, o mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quinta-feira (22) com valorização acima dos 200 pontos. O dia começou com variações técnicas, mas as condições do clima no Brasil voltaram a dar suporte de alta no exterior.
Dezembro/20 teve alta de 255 pontos, valendo 106,70 cents/lbp; março/21 subiu 240 pontos, negociado por 109,40 cents/lbp; maio/21 teve alta de 245 pontos, valendo 111,10 cents/lbp; e julho/21 teve alta de 250 pontos, valendo 112,65 cents/lbp.
"Os preços do café subiram na quinta-feira, com o conilon em uma nova alta de duas semanas. As previsões de chuvas limitadas no Brasil geraram escassez de café arábica", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.
Produtores de arábica no Brasil seguem aguardando o retorno das chuvas, que, segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), deve acontecer nos próximos dias. O País enfrenta o maior déficit hídrico dos últimos anos e já começa a safra 21 com grande potencial de baixa. Vale lembrar que o próximo ano já é de ciclo baixo para a produção brasileira.
O mercado físico interno acompanhou o exterior e também teve um dia de valorização nas principais praças produtoras. O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,81% em Guaxupé (MG), valendo R$ 563. Poços de Caldas (MG) registrou alta de 0,40%, negociado por R$ 502. Patrocínio (MG) teve alta de 0,94%, valendo R$ 535. Araguarí (MG) registrou alta de 0,92%, valendo R$ 550.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,68% em Guaxupé (MG), valendo R$ 605. Poços de Caldas (MG) registrou valorização de 0,36%, negociado por R$ 552. Patrocínio (MG) teve alta de 0,86%, negociado por R$ 585. Campos Gerais (MG) teve alta de 0,84%, valendo R$ 598.
Se no Brasil a tensão é com a falta de água, no Vietnã, maior produtor de café conilon, o excesso de chuvas começou a preocupar a produção. Novembro/20 teve alta de US$ 26 por tonelada, vendo US$ 1276; janeiro/21 teve alta de US$ 28 por tonelada, negociado por US$ 1307; março/21 teve valorização de US$ 24 por tonelada, valendo US$ 1313; e maio/21 subiu US$ 1327.
"O robusta alcançou uma alta de duas semanas hoje, com a preocupação de que as fortes chuvas possam atrasar a colheita de café no Vietnã, o maior produtor mundial de café conilon", afirmou o Barchart. Vale lembrar que o mercado já observa os efeitos do La Niña para a região e que o excesso de chuva pode atrasar a colheita do grão em até um mês, afetando, assim, a qualidade do café vietnamita.
As informações são do portal Notícias Agrícolas.