O fortalecimento do dólar nesta semana exerceu pressão sobre as cotações do café no mercado internacional. A moeda subiu ante o real acompanhando a movimentação global de busca de proteção em Treasuries e dólar, depois que o Banco Central Europeu revisou para baixo as projeções de crescimento do PIB e de inflação da zona do euro.
A divisa também subiu com a movimentação de investidores preocupados em relação às reformas prometidas pelo governo do Brasil, em especial a da Previdência, que é vista como crucial nos mercados para o ajuste fiscal público. Ontem, o dólar comercial foi negociado a R$ 3,8847, com valorização semanal de 2,8%.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2019 do contrato "C" registrou perdas de 335 pontos, encerrando o pregão de quinta-feira a US$ 0,9685 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento maio/19 do café robusta encerrou os negócios a US$ 1.505 por tonelada, com depreciação semanal de US$ 29.
Em relação ao clima no Brasil, deve permanecer favorável no cinturão produtor, com as chuvas persistindo sobre a maior parte do Sudeste. Segundo a Somar Meteorologia, as precipitações devem ocorrer na forma de pancada rápida e intercalada com períodos de sol e calor.
No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que a perda de força do real fez com que os preços não seguissem as cotações internacionais e houvesse atratividade de agentes, o que ocasionou o fechamento de alguns negócios. Os indicadores dos cafés arábica e robusta calculados pela entidade foram cotados a R$ 401,27/saca e a R$ 306,69/saca, com altas de 0,7% e 0,8% respectivamente.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).