A semana foi marcada por uma queda acentuada nas cotações do café em Nova York e Londres, após a falta de chuvas regulares nas principais regiões produtoras do Brasil. Apesar das precipitações pontuais, o volume é insuficiente para reverter os danos já observados nas plantações, com impacto direto na safra de 2025. Segundo meteorologistas, as chuvas devem aumentar gradualmente em outubro, com algumas regiões aguardando precipitações significativas só em novembro.
A Conab reduziu sua estimativa para a safra atual em 6,8% – para 54,79 milhões de sacas, devido ao impacto do clima. Comparada à safra anterior, a produção deve ter uma queda de 0,5%, como divulgado no 3º levantamento da safra 2024/2025.
Mercado físico e futuros
Contratos de arábica na ICE Futures US: para dezembro, fecharam a US$ 2,5075 por libra-peso (- 1.090 pts), após uma semana de oscilações.
Contratos de robusta em Londres: para novembro, encerraram a US$ 5.059 por tonelada (-US$ 189).
No mercado físico brasileiro, as negociações foram fracas, com compradores reduzindo suas ofertas ao longo da semana, refletindo a pressão nas bolsas internacionais.
Estoques e preços
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures aumentaram 880 sacas, fechando em 838.536 sacas. No Brasil, o preço do café conilon alcançou R$ 1.500 por saca (60 kg), renovando recordes de valorização, com alta acumulada de 100% desde o final de 2023, segundo o Cepea.
Previsão climática
As previsões indicam que a chegada de uma frente fria no Sul do Brasil pode trazer chuvas isoladas para o interior de São Paulo e Minas Gerais, mas sem garantir a regularidade necessária para estabilizar o solo nas regiões produtoras. Espera-se que o regime de chuvas melhore gradualmente ao longo de outubro e novembro, especialmente no Sudeste e em Rondônia.