Ontem (10), as cotações do café arábica na Bolsa de Nova Iorque encerraram com uma alta de mais de 100 pontos. O mercado do grão realizou ajustes técnicos depois da queda na semana passada, mas seguiu abaixo de US$ 1,05 por libra-peso, com o câmbio limitando valorizações mais expressivas.
Seguindo o câmbio e informações sobre a oferta global, o mercado do arábica recuou cerca de 200 pontos na última sessão e encerrou a semana passada com desvalorização de 3,21%. Porém, nesta segunda-feira, ajustes foram registrados. Ainda assim, o vencimento referência segue abaixo de US$ 1,05 por libra-peso.
O analista e diretor da Comexim, nos Estados Unidos, afirmou que em cinco semanas consecutivas o café não conseguiu fechar em alta e as commodities subiram. "O Real brasileiro voltando a trabalhar acima de 3,90 causa desconforto para quem cogita montar uma estratégia de alta", disse Costa.
As oscilações cambiais limitaram avanços mais expressivos do arábica. O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda-feira no maior preço desde 2 de outubro, a R$ 3,9187 na venda, com alta de 0,73%. A moeda mais valorizada tende a encorajar as exportações da commodity, mas pesa sobre os preços externos.
Produtores no Brasil seguem atentos com as condições do tempo, com relatos de mais de uma florada e tempo seco. "As chuvas deram uma trégua agora, mas não dá para reverter o cenário já consolidado. Inclusive, esse fator pode afetar o volume total colhido nesta temporada", disse o cafeicultor Alexandre Maroti em entrevista ao site Notícias Agrícolas.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável) e Franca (estável), ambas com saca a R$ 460. A maior oscilação foi registrada em Lajinha (MG), com recuo de 3,41% e saca a R$ 425.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (MG), com saca a R$ 445,00 (estável). A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG), com avanço de 1,20% e saca a R$ 423.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 442 e estabilidade. A maior oscilação ocorreu em Lajinha (MG), com recuo de 2,35 % e saca a R$ 415,00.
Na sexta-feira (09), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 427,62 e recuo de 0,42%.
As informações são do site Notícias Agrícolas.