Lúcio Dias, superintendente da Cooxupé, aponta a expectativa de uma queda de 25,6% nos recebimentos de café em 2021. Segundo ele, os recebimentos da cooperativa podem cair de um recorde de 8,2 milhões de sacas de 60 kg em 2020, para 6,1 milhões de sacas em 2021, uma vez que a safra de arábica está em seu ano de baixa do ciclo bianual. Além disso, a colheita deverá ser menor pela severa seca registrada ao longo do ano passado.
"Tem uma perda séria de arábica", disse ele, durante evento promovido pela consultoria Safras & Mercado. Segundo Lúcio, a cooperativa prefere se basear nos números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima a safra de arábica nacional entre 29,7 milhões e 33 milhões de sacas, com recuo de 32,4% a 39% frente ao ano anterior.
Apesar da queda esperada nos recebimentos, os embarques da cooperativa deverão aumentar neste ano, de cerca de 6 milhões de sacas em 2020, para 7 milhões de sacas em 2021. "Este ano o embarque é maior porque sobrou estoque do ano passado", explica, citando a safra recorde de 2020. No âmbito nacional, Lúcio disse que a produção não cairá tanto, já que a colheita do canéfora deve ser "boa".
A Conab estima que a safra total do País, incluindo arábica e canéfora, fique entre 43,85 milhões e 49,58 milhões de sacas em 2021.
As informações são da Reuters.