A Cooxupé afirmou na última quinta-feira (25) que haverá uma quebra na produção de café arábica deste ano em relação aos volumes previstos inicialmente, mas não detalhou os percentuais de redução.
Em março, a cooperativa havia estimado a produção dos cooperados em cerca de 7,5 milhões de sacas de 60 kg, estável ante 2021, mas apresentando queda acentuada na comparação com 2020, onde alcançou 10,99 milhões de sacas, produção recorde.
Diante da revisão do número de colheita do Brasil, feita pela consultoria Safras & Mercado, a Cooxupé respondeu à Reuters que "ainda não fez uma nova avaliação de números da safra, mas que já é possível afirmar que haverá quebra".
A safra de 2022 teve influência da histórica seca de 2021, além das geadas que atingiram as principais regiões produtoras no ano passado. Segundo a cooperativa que atua no Sul de Minas, Cerrado Mineiro e parte de São Paulo, não há como quantificar neste momento a quebra de safra.
Os preços do café arábica operaram nesta semana nos maiores níveis em dois meses e meio em Nova York, com preocupações sobre a oferta no Brasil. Até o último dia 19, produtores tinham colhido pouco mais de 85% da produção esperada.
Em março, a Cooxupé havia estimado embarques aos mercados externo e doméstico de 6,8 milhões de sacas de 60 kg de café em 2022, o que seria um aumento ante as 6 milhões de sacas de 2021. A cooperativa também vende os grãos ao exterior a maior parte dos recebimentos.
As informações são da Reuters.