A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, com atuação no Paraná, São Paulo e NO Mato Grosso do Sul, divulgou seu balanço referente ao ano de 2016, no qual apresenta crescimento de 7% no recebimento de café, em relação ao ano anterior. Foram 333 mil sacas beneficiadas que chegaram à Cooperativa em 2016, frente a 310 mil sacas de 2015. Veja, abaixo:
Gráfico produzido pela Cocamar
No relatório a Cocamar pontua estratégias para elevar a produtividade na região. Um dos assuntos que a cooperativa tem procurado difundir intensamente junto aos produtores de café é a mecanização da cultura. Só com a adoção de colheita mecânica em lugar do trabalho manual, eles conseguem aumentar sua renda de forma significativa.
“Em Pitangueiras, por exemplo, um produtor conseguiu faturar R$ 3,7 mil a mais por hectare. Os cálculos da época da colheita indicavam que o trabalho feito com máquina custou R$ 30,42 por saca beneficiada, enquanto o manual ficou em R$ 138,15 a unidade”, afirma a Cocamar.
No município de Carlópolis, principal produtor do grão no Paraná, a Cocamar explica que a mecanização mudou o perfil das lavouras de café. “São poucas as propriedades em que ainda há demanda por mão de obra. O que se vê hoje nos cafezais são máquinas executando todo tipo de serviço, desde o preparo do solo e plantio de mudas, roçada, pulverização, poda e colheita, varrição de grãos, recolhimento e abanação”.
Até mesmo para movimentar leiras de grãos no terreiro há pás adaptadas em motocicletas, que dão conta do trabalho. Ainda em Carlópolis, são 6 mil hectares de café e a maior parte dos cerca de 600 cafeicultores que ali reside, é formada de pequenos proprietários, com tamanho médio de 10 hectares.
Apesar do avanço tecnológico, são poucos os produtores que possuem seus próprios maquinários de grande porte. A Cooperativa pontua que em toda a região, a quantidade de colhedoras, por exemplo, não chega a 20 e seus donos são também prestadores de serviços.