A segunda semana de janeiro de 2021 encerrou com os contratos futuros do café em oscilações com base em fatores técnicos e no dólar. O movimento foi de recuperação, à medida que a divisa norte-americana se desvalorizou frente ao real.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/2021 ascendeu 365 pontos no acumulado da semana até ontem (14), quando encerrou o pregão a US$ 1,2735 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento jan/2021 do canéfora (robusta) fechou a US$ 1.324 por tonelada, acumulando alta de US$ 14 ante a sexta-feira passada.
O dólar encerra a semana acumulando três quedas consecutivas, negociado a R$ 5,2097, o que implica desvalorização semanal de 3,8% até o fechamento de ontem. A moeda recuou devido ao fluxo externo e à expectativa do anúncio do novo pacote fiscal do presidente eleito dos EUA, Joe Biden.
Na noite de quinta-feira, Biden anunciou o Plano de Resgate da América, que disponibilizará US$ 1,9 trilhão para aplicação em medidas de apoio direto aos mais diretamente impactados pela crise da Covid-19. Esse montante corresponde a aproximadamente 9% do PIB norte-americano.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia aponta manutenção de temporais em grande parte dos estados de São Paulo e Minas Gerais neste fim de semana. Há, ainda, risco de vendavais, grandes volumes acumulados, queda de granizo, além da possibilidade de inundações e deslizamentos de terra entre São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.
No mercado físico, o café arábica registrou, no dia 14, seu maior valor nominal na série histórica do indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que teve início em 1996. A variedade foi cotada a R$ 638,60/saca, avançando 2,1% na semana. O canéfora (conilon) caiu 0,5% no intervalo, valendo R$ 412,82/saca.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).