O Relatório sobre o mercado de Café – dezembro 2018, da Organização Internacional do Café (OIC), aponta que em nível mundial, no ano cafeeiro 2018/2019, a produção de café arábica foi estimada em 104,01 milhões de sacas e a de café robusta em 63,5 milhões de sacas, números que apontam um volume total equivalente a 167,47 milhões de sacas. Com base nesses dados, verifica-se que o café arábica terá crescimento de 2,5% e o robusta redução de 0,1%, se comparados com o ano cafeeiro anterior, cuja produção foi de 164,99 milhões de sacas de 60kg, das quais 101,44 milhões de arábica e 63,55 milhões de robusta.
Sobre o consumo mundial de café, do mesmo ano cafeeiro (2018-2019), tanto de países produtores como exportadores, estima-se um volume de 165,19 milhões de sacas consumidas, que representaram aumento de 2,1% em relação ao período anterior, que foi de 161,71 milhões de sacas. Nesse contexto, no caso específico dos países exportadores, o consumo interno deverá aumentar em 1,4%, passando a 50,3 milhões. E nos países importadores um incremento de 2,5% e atingirá 114,88 milhões de sacas.
A demanda nos países importadores não tradicionais continua a crescer e acredita-se que responderá por cerca de 18% do consumo global em 2018/19. Calcula-se que tanto na África quanto na Ásia & Oceania o consumo aumentará 4,1%, perfazendo 12,23 e 36,25 milhões de sacas, respectivamente. Tem havido um aumento da demanda tanto em alguns países produtores dessas regiões quanto em mercados mais novos nos países importadores. Calcula-se que nos mercados mais tradicionais da Europa e América do Norte a demanda crescerá 1% e 2,5%, alcançando 53,51 e 30,73 milhões de sacas, respectivamente. Na América do Sul o consumo deve crescer 0,9%, alcançando 27,22 milhões de sacas, enquanto na América Central & México ele se manterá estável nos 5,23 milhões.
O relatório traz ainda uma análise sobre os mercados, na América do Sul a produção de café será de 79,94 milhões de sacas, o que representará aumento de 4,3%; na África a produção será de 17,80 milhões de sacas (aumento de 1,8%); México & América Central – 21,72 milhões (redução de 0,5%); na Ásia & Oceania a produção será de 48,01 milhões de sacas, a qual registrará decréscimo de 2,1%. Tais números permitem inferir que haverá crescimento de 1,5% na produção mundial que, conforme mencionado, será de 167,47 milhões de sacas.
Em relação ao ranking dos sete principais produtores, respeitadas as peculiaridades dos anos-safra de cada país, aponta que o Brasil continuará a ser o líder mundial, cuja produção foi estimada em 58,5 milhões de sacas, a qual corresponde a aproximadamente 35% do consumo mundial. Em segundo o Vietnã, cuja produção equivale a 18% do consumo mundial, com o suprimento de 29,5 milhões de sacas colhidas, volume que representa uma redução de 3,4% em relação à safra anterior. Em terceiro, destaca-se a Colômbia, que teve acréscimo na produção de 2,7% ao atingir 14,2 milhões de sacas, no ano cafeeiro de 2018-2019, volume que abastece em torno de 9% do consumo mundial.
Na sequência, em quarto no ranking, conforme o Relatório da OIC, esta a Indonésia, que produzirá 10,2 milhões de sacas, número 5,6% menor que a safra anterior, mas que é responsável por suprir 6% do consumo do planeta. A Etiópia conta com 7,5 milhões de sacas e acréscimo de 0,6% da sua safra, ocupa o quinto lugar e fornece o equivalente a 5% do consumo global de café. Honduras, em sexto lugar, teve uma queda de 1,5% na produção, colheu 7,45 milhões de sacas; e a Índia, em sétimo, com 5,2 milhões de sacas (redução de 10,5% na safra). Esses dois países são responsáveis por 5% e 3%, respectivamente, do suprimento do consumo em nível mundial.
O relatório completo está no site da Embrapa.
As informações são da Embrapa por Lucas Tadeu Ferreira e Jamilsen Santos.