De acordo com a Olam International, umas das tradings da commodity do mundo, as cafeterias nos Estados Unidos seguem fechadas, mas isso não significa que a demanda esteja em queda.
A corrida dos consumidores para estocar a marca de café favorita impulsionou as vendas em supermercados e varejos online, apontou Vivek Verma, responsável pela divisão de café da empresa, que tem sede em Cingapura.
Segundo as estimativas da trading, o consumo do café subiu cerca de 1,5% a 2% entre março e maio. “No começo, todo mundo pensava que o coronavírus mataria a demanda”, disse Vivek por telefone. “Para países que não tomam café, onde é mais parte da socialização, pode haver alguma queda, mas nos países consumidores, o consumo até o momento parece mais forte na comparação anual”, explica.
Com as preocupações sobre o impacto do coronavírus e a desvalorização cambial no Brasil, maior produtor de café do mundo, os preços do grão arábica acumulam baixa de 11% desde o fim de fevereiro.
Apesar da queda das cotações, a Olam espera que a oferta global fique aquém da demanda em 3,3 milhões de sacas na temporada que termina em 30 de setembro.
Embora a operadora projete déficit de grãos arábica de 6,8 milhões de sacas, o mercado canéfora pode mostrar superávit de 3,5 milhões. Atualmente, a previsão é de que o mercado mundial tenha excedente de 5,7 milhões de sacas na próxima temporada.
As informações são da Bloomberg.