Em outubro de 2021, a Organização Internacional do Café (OIC) constatou que os preços do café haviam atingido novos máximos plurianuais, já que a média mensal do preço indicativo composto da OIC aumentou 6,8%, para 181,57 centavos de dólar dos EUA por libra, em comparação com 170,02 centavos por libra em setembro de 2021.
Os níveis alcançados em outubro de 2021 marcam um aumento de 71,5% em comparação com o preço do café de 105,85 centavos de dólar por libra registrado em outubro de 2020. O preço médio registrado em outubro de 2021 é o mais alto registrado desde que fevereiro de 2021 registrou 182,29 centavos de dólar por libra. De acordo com a OIC, esses níveis de preços para o ano cafeeiro de 2020/2021 marcam uma recuperação significativa dos baixos níveis experimentados nos últimos três anos cafeeiros.
O maior aumento ocorreu no preço indicativo do Brazilian Naturals Group, que atingiu 199,98 centavos de dólar dos EUA por libra, um aumento de 8,9% em comparação com 183,72 centavos de dólar dos EUA por libra que foi registrado em setembro de 2021. Ele marca um aumento de 99,2% em relação aos preços de outubro de 2020 e é o nível mais alto alcançado desde fevereiro de 2012.
O preço dos Suaves Colombianos aumentou 7,7%, para 258,87 centavos de dólar dos EUA por libra em outubro de 2021, em comparação com 240,38 centavos de dólar dos EUA por libra em setembro de 2021. Este é o nível mais alto registrado desde setembro de 2011.
Os preços dos Outros Suaves aumentaram 6,9%, para 241,06 centavos de dólar dos EUA por libra em outubro de 2021, em comparação com 225,54 centavos de dólar dos EUA por libra em setembro de 2021. Um nível mais alto não tem ocorrido desde novembro de 2011.
Os preços do canéfora aumentaram 0,6% entre setembro e outubro de 2021, para 105,24 centavos de dólar por libra-peso. É o nível mais alto alcançado desde abril de 2014.
Os embarques totais de café no ano cafeeiro de 2020/2021, que vai de outubro de 2020 a setembro de 2021, somaram 129,03 milhões de sacas, um aumento de 1,3% em comparação com 127,36 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2019/2020.
A OIC afirma que o consumo mundial do grão está retomando o crescimento constante dos últimos 10 anos, como verificado antes da eclosão da pandemia Covid-19. A projeção é de um aumento de 1,9%, para 167,15 milhões de sacas em 2020/2021, em comparação com 164,02 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2019/2020.
Para os fundamentos do mercado, as exportações de todas as formas de café por todos os países exportadores atingiram 10,07 milhões de sacas de 60 quilos em setembro de 2021. Isso foi 4,9% menor que em setembro de 2020.
A projeção para a produção total no ano cafeeiro de 2020/2021 é de 169,64 milhões de sacas, o que representa um aumento de 0,4% em relação as 168,98 milhões de sacas colhidas no ano cafeeiro de 2019/20. A produção total projetada para o ano cafeeiro de 2020/2021 é 8,6% maior do que a média dos últimos 10 anos cafeeiros.
A OIC ainda expressa preocupação com o abastecimento de café de importantes países de origem, visto que choques climáticos, perturbações relacionadas à Covid-19 e outros fatores continuam a afetar os fluxos comerciais.
As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin