Nesta quinta-feira (20), a consultoria Safras & Mercado apontou que a safra de café do Brasil 2021/2022 foi estimada em 56,5 milhões de sacas de 60 kg, queda em relação à previsão anterior, de 57,1 milhões. Nas lavouras, os trabalhos estão ligeiramente atrasados quando comparados com a média histórica.
Ainda de acordo com a consultoria, a colheita brasileira do grão atingiu 11% do total até o dia 18 de maio, apresentando ritmo mais lento ante os 13% da média história de cinco anos para essa época.
Com a redução na estimativa, a Safras & Mercado aponta uma quebra de cerca de 19% na produção cafeeira do País em relação a temporada anterior, quando atingiu 69,5 milhões de sacas. A produção de café arábica está estimada em 34,70 milhões de sacas, correspondendo a uma queda de 31% na comparação à temporada anterior.
Já no caso da safra de café canéfora (conilon ou robusta), Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, explica que a situação é diferente. “O quadro hídrico [para o canéfora] é mais confortável e a safra se desenvolveu de uma forma mais tranquila, devendo, com isso, confirmar as expectativas iniciais", comentou. O País deve produzir 21,8 milhões de sacas de canéfora, avanço de 12% em relação ao volume colhido no ano passado (21,7 milhões de sacas).
"As chuvas ao longo do primeiro trimestre no Espírito Santo e em Rondônia acabaram colocando as lavouras em dormência, retardando a maturação e atrasando o início da colheita", afirmou o consultor.
A expectativa é de que, nas próximas semanas, mais de 80% dos produtores de arábica já tenham iniciado a colheita, que, atualmente, está em 7% do potencial da safra, contra 10% em igual época do ano passado e 9% da média histórica para o período. Já nas lavouras de canéfora chegam a 18% do potencial da safra, contra 23% tanto para a média como de referência para igual período de 2020.
As informações são da Reuters.