Estimativa da Safras & Mercado destaca que, até o dia 19 de julho, a colheita de café da safra brasileira 2022/2023 estava 66% concluída. O número faz parte do levantamento semanal para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, o índice era de 59%. Tomando por base a estimativa da consultoria para a produção de café do Brasil em 2022/2023, de 61,1 milhões de sacas de 60 kg, é apontado que foram colhidas 40,31 milhões de sacas até a data.
Os trabalhos estão atrasados em relação ao ano passado, quando 69% da safra já havia sido colhida neste período. A colheita também está mais lenta quando comparada com a média dos últimos 5 anos, que é de 73%.
Segundo o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, a colheita de café no Brasil segue em bom ritmo, mas os trabalhos continuam atrasados. A oferta de café novo em negociação ainda é relativamente pequena. O beneficiamento mais lento e, especialmente, a postura do produtor, que mais capitalizado segura as suas vendas, ajudam a explicar a pouca disponibilidade.
Barabach coloca que o clima deve continuar favorável. À exceção de previsão de chuvas isoladas no Espírito Santo e na Bahia, o tempo deve seguir seco e com temperaturas acima da média até o final de julho sobre o cinturão cafeeiro, o que é positivo para o andamento dos trabalhos de colheita e secagem da safra de 2022.
O consultor comenta que a colheita de arábica alcança 57% da produção, ligeiramente abaixo dos 69% de igual época do ano passado e também aquém dos 65% de média dos últimos 5 anos para o período. O perfil preliminar da qualidade continua muito positivo, tanto para bebida como para o percentual de peneira.
Já os trabalhos com canéfora (conilon) começam a se encaminhar para o fim e chegam a 82% do potencial da safra, ainda abaixo dos 87% em igual época do ano passado e especialmente dos 92% de média de 5 anos para o mesmo período. Barabach destaca que muitos produtores devem terminar a colheita de canéfora até o final de julho.
As informações são da Agência Safras & Mercado.