A consultoria Safras & Mercado destacou que, na última sexta-feira (12), a comercialização de café do Brasil alcançou 45% da produção projetada para a temporada 2022/2023, avanço de seis pontos ante o índice do mês anterior.
O percentual de vendas é inferior ao registrado em igual período do ano passado, quando estava em torno de 53% da safra. “As vendas da safra 2022/2023 continuam bastante cadenciadas para uma entrada de safra, diante da cautela do vendedor e da pouca agressividade do comprador. A disponibilidade curta colabora com lentidão”, explicou, em nota, o consultor Gil Barabach.
A comercialização de café arábica alcançou 45% da produção esperada. Em igual período do ano passado, o percentual estava em 52% e a média histórica é de 36%. Segundo Gil Barabach, sinais erráticos sobre o potencial da safra e o produtor mais capitalizado acabaram influenciando no fluxo de vendas do arábica ao longo da temporada.
Mais recentemente, o atraso na colheita e as dúvidas em relação ao tamanho da safra 2022 justificam essa postura retraída do produtor, afirmou o consultor. Para o canéfora (conilon), as vendas ganharam um pouco mais de ritmo - com a colheita se encaminhando para o final - e alcançam 45% da safra.
Ainda assim, os negócios continuam abaixo de igual período do ano passado, quando estavam em 55% e abaixo da média para o período, de 47%. Com base em uma projeção de 61,1 milhões de sacas de 60 kg para a produção total de café de 2022/2023, a consultoria estima que 27,7 milhões de sacas já foram negociadas.
As informações são da Reuters.