O relatório da consultoria Safras&Mercado destaca que a comercialização do café da safra brasileira 2021/2022 já atingiu 60% do total projetado. Um avanço de sete pontos ante o levantamento do mês anterior e adiantando em comparação com o ano passado.
O fluxo de vendas também está bem acima da média dos últimos anos para o período (48%), destacou a Safras. Com isso, a consultoria estima que, de um total estimado em 2021/2022 em 56,5 milhões de sacas, os produtores já negociaram 34 milhões.
“Embora a disparada nas cotações tenha sido um aditivo poderoso à venda, a safra menor e as dúvidas em relação ao potencial produtivo da safra 2022 serviram como um forte freio às negociações. O fluxo de vendas de café no mercado físico brasileiro anda bastante errático”, explicou o consultor Gil Barabach.
As vendas de arábica continuam bem acima da média para o período, que gira em torno de 46% da safra. “O percentual alto de comprometimento antecipado por parte dos produtores, especialmente na região do Cerrado e Sul de Minas e na Mogiana paulista justificam essa performance”, afirmou o consultor.
Já as vendas do canéfora (conilon) seguem em destaque, em linha com a boa procura da indústria local. O preço acima de 700 reais a saca serviu de impulso à venda, trazendo mais produtores ao mercado.
Com isso, a comercialização do canéfora chega a 63% da safra BR-21, avançando 8 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O indicador supera “com folga” os 55% vendidos em igual período do ano passado e continua bem acima dos 54% em média dos últimos cinco anos para o mês de agosto.
As informações são da Reuters.