Segundo avaliação realizada pela consultoria Safras & Mercado, a tendência do café para 2021 depende de fatores como a evolução da vacina contra a Covid-19, o tamanho da próxima safra e as variações do dólar.
De acordo com o analista Gil Barabach, o dólar em queda tem apresentado um reflexo positivo em Nova York, o que resulta em uma compensação da moeda norte-americana frente ao real, haja visto que o dólar atingiu R$ 5,01, o menor patamar dos últimos 6 meses.
“O dólar em queda tira em reais do produtor, se não completar com Nova York, perde valor o café. Por enquanto está compensando em cima de uma perspectiva ruim para a próxima safra brasileira, com ganho em NY”, afirma.
Ele destaca que 2021 deve ser um ano de preço mais positivo depois da queda recente em Nova York, com o dólar enfraquecido e uma safra brasileira menor, sendo os principais fatores que explicam essa tendência de alta no preço fora do País. Segundo ele, essas tendências ligadas com a vacinação e a retomada da economia.
“Saímos de uma safra recorde em 2020, a tendência é passarmos de um cenário de abundância de oferta para uma situação de déficit. As commodities trabalham de forma inversa em relação ao dólar, então quando o dólar perde valor, a commodity se valoriza, isso influencia essa alta de preço em Nova York. Esse movimento financeiro de realinhamento dos mercados, em que o dólar se desvaloriza e outros ativos ganham valor está intimamente ligado com a questão da vacinação e da retomada da atividade mundial”, finaliza.
As informações são do Canal Rural.