O produtor de café deve considerar obter o seguro rural por conta das adversidades climáticas atuais. Com a produtividade crescente e cotações das mais variadas, é uma cultura com alto índice de especulação. O seguro é uma forma de proteger não somente a planta, mas também a rentabilidade do produtor. O Conselho Nacional do Café (CNC) destaca que o cafeicultor muitas vezes não faz o seguro por desconhecimento e que esse trabalho vem sendo desenvolvido constantemente através dos Comitês Técnicos do Conselho Nacional do Café (CNC) e de nossas cooperativas.
Em 2021 foram contratadas 217.934 apólices, considerando todas as culturas. Os produtores de grãos sabem da importância do seguro e representaram 75,94% do volume total de contratações. Já o café teve um desempenho de 3,52%, porém, os números representaram um crescimento de mais de 40% em relação ao ano anterior. O governo subsidiou um montante de mais de R$ 1,18 bilhão em 2021. A agricultura teve 14.007,152 hectares segurados no ano passado. Os estados que mais contrataram foram: Paraná (38%), Rio Grande do Sul (21%), São Paulo (14%), Santa Catarina (7%) e Minas Gerais (6%).
É importante destacar que está tramitando na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2700/21, que transfere para o orçamento das Operações Oficiais de Crédito (2OOC) os recursos destinados à subvenção econômica do Prêmio do Seguro Rural (PSR), que hoje estão alocados no Ministério da Agricultura.
O texto altera a Lei 10.823/03, que autorizou o governo federal a pagar parte do prêmio devido pelo agricultor ao contratar o seguro rural. O seguro cobre as perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos adversos, como seca e geada.
O Conselho Nacional do Café tem acompanhado de perto a tramitação desse projeto, que se aprovado garantirá a execução das despesas reservadas para a subvenção econômica ao PSR. As Operações Oficiais de Crédito (2OOC) estão entre os órgãos que não são afetadas pelos contingenciamentos periódicos decretados pelo governo, diferente do que ocorre com o Ministério da Agricultura.
“Acreditamos que o cafeicultor deve considerar a contratação de um seguro para sua lavoura, pois é a garantia de que em um momento de crise hídrica ou geada severa, ele não estará desprovido de capital para manter-se no campo e se ver obrigado a abandonar a cultura a que tanto se dedica”, destaca o CNC.
As informações são do CNC e MAPA.