O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, participou de uma reunião em Alfenas, no Sul de Minas, na última sexta-feira (23). A viagem, liderada pela ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, teve o intuito de avaliar um pouco da situação das lavouras atingidas pela geada do último dia 20 de julho.
A ministra ressaltou em seu discurso que não se deve tomar nenhuma atitude precipitada antes de se conhecer a amplitude do problema. “Nós viemos aqui para ver, ouvir e acharmos soluções em conjunto, com muita união”, analisou.
Ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina
Segundo ela, sem um levantamento bem-feito da situação será difícil atuar com assertividade. “Temos que sentar e achar uma solução. Não será uma solução única para todos, até porque a geada foi uma geada diferente, ela pegou diferentes pontos, de maneira diferente. Então, não dá pra fazer uma coisa única para todos. Mas precisamos achar solução”, ressalta Tereza Cristina.
A ministra disse ainda que se deve olhar para frente, ter uma visão a longo prazo para que se possa tomar uma atitude acertada agora. “A gente precisa desenhar cenários dos próximos anos pra gente saber o que vai fazer e as decisões que devem ser tomadas”, alertou a ministra que deixou uma tarefa para os cafeicultores: “fazer esse levantamento das perdas que houve pra gente achar a melhor solução para todos”, finalizou.
Posicionamento do CNC
O início dessa semana de geadas intensas em várias regiões de lavouras de café do Brasil deixou todos os produtores preocupados e o mercado atento. Circulam na internet várias fotos, vídeos e depoimentos de cafeicultores surpreendidos com a ação das baixas temperaturas nos cafezais. Mas, e agora? O que devemos fazer? Quais ações devemos priorizar?
As respostas a essas perguntas necessariamente passam por saber qual a extensão atingida. Onde houve maior impacto. Isso porque sem um levantamento real, fiel e confiável será impossível propor ações, buscar soluções.
O produtor de café carrega sempre consigo o risco de que as intempéries assolem suas plantas, deixando-o preocupado com as mudanças climáticas. Por isso, devemos adotar cautela máxima para propagarmos percentuais reais do impacto na produção. Isso porque, necessariamente, cada comentário, cada foto ou vídeo publicado, gera muitas incertezas no mercado.
O CNC irá aguardar os possíveis impactos de uma nova frente fria, anunciada para o próximo dia 29, que juntamente com a última geada ocorrida no dia 20, serão avaliadas com os demais membros do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e, em especial, com a Secretaria de Política Agrícola (SPA/MAPA), o Departamento de Comercialização e Abastecimento, e a Ministra Tereza Cristina no sentido de desenvolver um programa/projeto que vise atender aqueles que, efetivamente, venham necessitar de financiamento para manter-se na atividade.
As informações são do CNC.