O Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) aprovou, na última quinta-feira (4), a distribuição dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2023/2024. O próximo passo é a validação final pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que também definirá a taxa máxima de juros em meados de junho.
Na distribuição do orçamento total de R$ 6,37 bilhões, entre as linhas de financiamento disponíveis, o Comitê Técnico do CDPC ainda debateu o destino de R$ 70 milhões, conforme projeções do setor, que poderiam ficar ociosos na próxima safra.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) defendeu o remanejamento dos recursos ociosos para o Capital de Giro, principal linha destinada à indústria, e que nos últimos anos possuía menos fôlego financeiro, mesmo sendo uma das maiores demandas.
Ao final das deliberações, com o apoio de representantes do setor público e privado, venceu a proposta apresentada pela ABIC. “Há anos, a ABIC apresenta dados e defende que a linha de Capital de Giro do Funcafé necessita de mais recursos. Com o apoio dos membros do CDPC, em especial, do Ministério da Indústria, do Cecafé e do Ministério da Agricultura, finalmente, conseguimos esta importante vitória para o nosso setor”, comemorou Celírio Inácio, Diretor Executivo da ABIC.
De forma inédita, o incremento percentual para a linha de Capital de Giro será o maior entre todas as linhas de crédito do Funcafé, totalizando R$ 883.750.000,00, que poderão ser contratados entre 2023 e 2024. Estará também à disposição da indústria R$ 1.486.536.500,00 na linha de crédito para Financiamento para Aquisição de Café (FAC).
Vale lembrar que a ABIC, em 2021, conquistou a isonomia da taxa de juros no âmbito do Funcafé, reduzindo a taxa máxima de juros para a indústria de torrefação e retirou o setor do topo do pódio dos que arcavam com os maiores juros entre os beneficiários do Funcafé.
“Sabemos da importância crucial do acesso ao crédito para o desenvolvimento das indústrias. Seguiremos trabalhando incansavelmente para que os recursos do Funcafé cheguem aos nossos associados em montantes cada vez maiores e com juros cada vez menores”, afirma Pavel Cardoso, Presidente da ABIC.