Na última sexta-feira (13), o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou novo orçamento para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Reunido na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília (DF), o colegiado recomendou o valor de R$ 5,710 bilhões para a safra 2020, volume que representa um crescimento de 12,6% em relação aos R$ 5,071 bi disponibilizados no ciclo anterior.
“Um orçamento recorde do nosso Funcafé é muito importante diante do cenário em que o produtor está descapitalizado devido aos baixos preços praticados nos últimos anos e à alta do dólar, que encarece o preço dos insumos e, consequentemente, os custos de produção. Foi vital nosso trabalho para conquistar mais recursos para custeio, o que permitirá que os tratos culturais sejam adequados”, destaca o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro.
Do volume total deliberado pelo CDPC, R$ 1,6 bilhão foi alocado para a linha de financiamento de Custeio, avanço de 23,1% sobre 2019. Para as demais linhas, foram aprovados R$ 2,3 bilhões (+17,2%) para Estocagem; R$ 1,150 bilhão para Aquisição de Café (FAC); R$ 650 milhões para Capital de Giro; e R$ 10 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados.
Foi aprovado, também, maior visibilidade na divulgação dos critérios e informações do Funcafé. Receberão maior publicidade os critérios já existentes para a distribuição dos recursos do Fundo aos agentes financeiros, que são definidos com base no número de cafeicultores atendidos e no montante aplicado pelas instituições nas safras anteriores.
O CDPC reconheceu a relevância da Organização Internacional do Café (OIC) como único fórum global oficial para discutir e enfrentar os desafios do setor cafeeiro. “O Brasil deverá se engajar de forma mais efetiva no processo de revisão do Acordo Internacional do Café, enviando sugestões elencadas pela cadeia produtiva, visando aprimorar o organismo para que ele seja mais dinâmico, focado em aumento do consumo e desenvolvimento de mercados, e que suas ações atinjam de forma mais eficaz os cafeicultores de todos os países produtores, especialmente os brasileiros”, explica o presidente do CNC.
As informações são do CNC.