Em ano de bienalidade positiva, as previsões dos órgãos oficiais para o café são bastante promissoras. O primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a safra nacional deve variar entre 54,4 e 58,5 milhões de sacas de 60 kg beneficiadas, o que pode indicar um crescimento de 21,1 a 30,1% em relação ao ano anterior.
De acordo com o relatório, a produção do café arábica deve aumentar em 26%, enquanto a estatística para o conilon é de crescimento médio de 24,3%. O órgão credita as boas previsões não só à bienalidade do arábica, mas também às melhorias de condições climáticas e ao implemento de novas tecnologias no cafezal.
Em Minas Gerais, a previsão é produzir de 29,09 a 30,63 milhões de sacas. O Sul e o Norte de Minas devem se beneficiar do ganho da área de produtividade, assim como o Cerrado Mineiro, cuja safra também aumentará sensivelmente com a bienalidade positiva do arábica. A Zona da Mata terá um crescimento menor, entre 6,6 e 12,2%, por causa de uma leve redução em área de produção.
Depois de um ano difícil, o Espírito Santo finalmente se encontra em boas condições climáticas, com uma florada excelente nas duas espécies de café, além de uma recuperação ótima nas safras de conilon. A expectativa é que o estado produza de 11,58 a 13,33 sacas de 60 kg. Em São Paulo, a previsão é de 5,85 a 6,15 milhões de sacas, também fruto da bienalidade positiva e do clima bom. O Rio de Janeiro tem previsão de manutenção de produção, com um leve aumento de área plantada.
A Bahia tem previsão de safra de 4,03 a 4,22 milhões de sacas. No Cerrado Baiano, que aumentou a área em produção e a área irrigada, a perspectiva é de clima bom e produtividade elevada. O Planalto tem estimativa de recuperação de safra, pelo impacto da estiagem na formação de grãos no período anterior. A região do Atlântico deve ter produção similar à do ano passado.
A estimativa de safra em Rondônia é de 2,27 a 2,4 milhões de sacas, um crescimento de produtividade que se dá graças ao aumento do parque cafeeiro. Ainda no Norte do Brasil, o Amazonas tem expectativa de produção de 7 mil sacas: a safra anterior teve grandes perdas na produtividade, o que leva a previsão para um crescimento de 6,7%.
O Paraná teve redução de área e terá ciclo de baixa produção: a forte geada de 2013 inverteu a bienalidade da cultura. Estão previstas de 0,9 a 1,02 milhão de sacas. No Centro-Oeste, Mato Grosso desponta com crescimento de 5,1% na área plantada, que somada aos avanços tecnológicos na região, aumentam a produtividade: previsão é de 98,6 a 103,7 mil sacas. Goiás apresenta redução entre 22,9 e 19,7% na safra, porque o baixo índice pluviométrico abalou o padrão da florada. A expectativa é de 146,7 a 152,7 mil sacas.