De acordo com a Safras & Mercado, a comercialização da safra brasileira de café 2022/2023 alcançou 60% da produção projetada até o último dia 18, alta de oito pontos percentuais na comparação mensal. A consultoria também indicou uma previsão menor para a colheita do país na comparação com o levantamento divulgado em setembro.
O percentual de vendas é inferior ao registrado em igual período do ano passado, quando girava em torno de 68% da safra. Mas está um pouco acima da média dos últimos anos para o período (58%). A Safras disse ainda que revisou a estimativa de produção 2022/2023, com colheita já encerrada, para 57,3 milhões de sacas de 60 kg, versus de 58,2 milhões de sacas em setembro, quando a consultoria já havia indicado um número menor do que o projetado inicialmente por efeitos de problemas climáticos.
Segundo o consultor Gil Barabach, o fluxo de negócios segue amarrado, e o avanço de oito pontos percentuais em relação ao mês anterior na comercialização está muito mais ligado à revisão para baixo no tamanho da safra do que propriamente a fluxo de vendas novas mais intenso. "A menor disponibilidade, por conta da frustração produtiva da safra 2022, é um limitante importante às vendas", acrescentou ele, citando ainda que produtores que precisavam fazer caixa realizaram vendas.
Para o consultor, o fato é que o produtor continua na defensiva. Mas também não há grande agressividade do lado do comprador. "Tanto é que os diferenciais (basis) no FOB exportação Brasil até alargaram um pouco para algumas descrições no embarque mais curto, a despeito do tombo no referencial de NY", indicou.
As informações são Reuters (Por Notícias Agrícolas).