A 18ª edição do Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais encerrou sua primeira etapa com a inscrição de 1.557 amostras. Agora começa a segunda etapa: a análise sensorial dos grãos. Os cafeicultores classificados serão comunicados diretamente pela Emater-MG e devem entregar as novas amostras nos escritórios da empresa.
Do total de amostras inscritas, 1.254 são da categoria natural e 303 da categoria cereja descascado, despolpado ou desmucilado. A região produtora com maior número de inscrições foi a Mata de Minas, com 704 amostras. Em seguida, a região Sul de Minas, com 624, Cerrado Mineiro, com 153, e Chapada de Minas, com 76 amostras.
Os cafés serão avaliados por uma comissão julgadora formada por especialistas em cafés especiais. A produção dos grãos participantes também passará por uma avaliação socioambiental. “As amostras aprovadas na classificação serão submetidas à análise sensorial, de acordo com a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA). Serão observados atributos como fragrância, aroma, sabor, acidez, corpo, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, finalização, equilíbrio e avaliação global. Elas receberão notas de 0 a 10”, explica o coordenador técnico estadual de Cafeicultura da Emater-MG, Bernardino Cangussú.
Para a disputa, foram aceitas apenas amostras de grãos da espécie arábica, colhidas em 2021, tipo 2, de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de café, peneira 16 e acima, com vazamento máximo de 5%, e umidade entre 10% e 12%.
A solenidade de encerramento da premiação será em dezembro. Nela, serão conhecidos os três primeiros colocados de cada região produtora em cada categoria e o grande campeão estadual (a maior nota do concurso). Também será destacada a cafeicultora que obtiver a melhor pontuação entre os finalistas. Em 2020, os cafés vencedores do concurso foram adquiridos por uma rede de supermercados de Belo Horizonte (MG) por valores bem acima da média de mercado.
O Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais é promovido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Emater-MG e Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).