Em anúncio feito na última quinta-feira (21) pela Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC), o governo fornecerá um adicional de 60.000 milhões de pesos (US$ 19,4 milhões) para ajudar os produtores de café que foram atingidos pelos baixos preços.
Os recursos somam-se aos 95.500 milhões de pesos (US$ 30,8 milhões) anteriormente alocados pelo governo para aliviar a crise dos produtores de café diante dos preços baixos. A Colômbia, o primeiro produtor mundial de arábica lavado, cultiva 980 mil hectares de café e cerca de 500 mil famílias dependem dessa atividade.
Os preços do grão no mercado de Nova York permaneceram abaixo de um dólar por libra em 2019. Na semana passada, o contrato futuro caiu para 94,65 centavos de dólar por libra-peso, o menor em 13 anos.
O preço doméstico atualmente recebido pelos produtores de café na Colômbia por cada carga de 125 quilos é de 678.000 pesos (US$ 219,2), valor que não cobre os custos estimados de produção, que são de 760.000 pesos (US$ 245,7).
A Federação pediu repetidamente ajuda aos cafeicultores e no mês passado propôs uma possível desvinculação do preço de referência de Nova York de outros produtores de arábica de alta qualidade, em um esforço para garantir os custos de produção e um lucro. Ação esta que ainda não foi aprovada.
O Comitê Nacional de Cafeicultores deve definir os detalhes de como esses recursos serão entregues, que poderão ser usados para renovar as plantações de café ou para direcionar os programas de assistência aos preços.
Segundo a FNC, “continuará apresentando aos atores mais importantes da indústria global a necessidade de os produtores receberem um preço melhor, o que lhes permite cobrir seus custos e ser lucrativo (...) o que inclui a possibilidade de que o preço dos cafés suaves lavados não esteja mais atrelado à Bolsa de Valores de Nova York”.
As informações são da Reuters / Tradução Juliana Santin