A Federação Nacional da Colômbia (FNC) informou nesta semana que o país planeja vender sua colheita a um preço que cubra os custos de produção, sem atrelar a cotação do mercado de Nova York.
Faz muito tempo que a federação avisa sobre os baixos preços - que deixam muitos cafeicultores operando com prejuízos - e argumenta aos grandes compradores que deveriam garantir o lucro do produtor.
Segundo a FNC, os produtores precisam obter 760 mil pesos (cerca de 240 dólares) por 125 kg no mercado interno para atender aos custos de produção. Os preços no mercado interno estavam em 690 mil pesos por carregamento na segunda-feira.
“Chegou a hora de começar a pensar em um modo diferente e separar o preço do café colombiano do mercado de softs de Nova York, chegando a um ponto em que tenhamos um lucro acima dos custos de produção”, disse Roberto Velez, líder da federação. “Se você quiser, paga o preço. Se não quiser isso, não compra café colombiano, pois caso contrário o café colombiano não é viável”, completou.
Segundo Velez, o mercado de Nova York está muito ligado à produção do Brasil e não leva em conta os cafeicultores da Colômbia e América Central. Até aqui em 2019, os preços flutuaram próximos a 1 dólar por libra-peso no mercado de Nova York. A Colômbia estabeleceria seus preços entre 1,40 e 1,50 dólar por libra-peso, de acordo com Velez.
Em comunicado, a federação disse que proposta precisará de apoio de cafeicultores, de produtores do arábica de outros países e de compradores antes de ir em frente..
As informações são da Agência Reuters (Por Luis Jaime Acosta, com texto de Julia Symmes Cobb) via Mix Vale.