O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade robusta, o volume colhido até o final da semana passada havia atingido de 65 a 75% da produção esperada. Caso o clima siga favorável, colaboradores do Cepea acreditam que as atividades possam ser praticamente finalizadas até meados de julho.
Os produtores capixabas estavam preocupados com uma possível quebra da safra, por conta do verão em janeiro, porém a peneira dos grãos robusta está dentro do normal. Quanto ao rendimento no beneficiamento, grande parte dos agentes acredita que está levemente inferior ao da safra passada, porém ainda em bons níveis.
Em Rondônia, estado que também produz o grão, a colheita está mais avançada. Enquanto em algumas regiões os trabalhos já finalizaram, em outras já ultrapassam os 80%. Devido à colheita dos grãos tardios, agentes acreditam que as atividades devam ser finalizadas em julho. O padrão do grão também está dentro do desejado, com qualidade, peneira e quantidade de defeitos semelhante à safra de 2018/2019.
Sobre o arábica, a colheita também foi intensificada em todas as regiões, favorecida pelo clima firme e frio em junho. O noroeste do Paraná e o município de Garça (SP) são as regiões mais avançadas. Até a semana passada, na praça paranaense, as atividades atingiram 50% do total esperado e, na paulista, de 40 a 50%.
No Cerrado Mineiro, Mogiana (SP) e Zona da Mata (MG), o volume colhido variava de 30 a 40% até a última semana. Já no Sul de Minas, esse percentual era de 30 a 35%. Vale apontar, entretanto, que lotes com bebida, peneira e aspecto inferiores têm chegado ao mercado, preocupando agentes. O rendimento dos grãos durante o beneficiamento em praticamente todas as regiões também está abaixo do desejável, o que pode ocasionar maior quebra na safra 2019/2020.
As informações são da Agência Estado.