Para o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a colheita de café robusta da safra 2018 está avançada. Em Rondônia, por exemplo, praticamente acabou, ao passo que chegou à metade do previsto no Espírito Santo – maior produtor dessa variedade – no final de junho, um pouco abaixo do comum em função das chuvas no primeiro semestre.
Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, os produtores ainda seguram parte do seu café à espera de melhores preços. “A qualidade aumentou bem em relação ao ano passado, tanto em Rondônia, quanto no Espírito Santo, com os cafés conilon possuindo menos defeitos e maiores peneiras", afirma.
Em relação à variedade arábica, o clima mais firme auxiliou o avanço da colheita. A origem mais avançada é o Noroeste do Paraná, onde os trabalhos chegaram à metade do previsto. Nas demais regiões ocorrem oscilações entre 20% e 30% do esperado para a safra 2018 até o final de junho.
Entretanto, regiões de Garça (SP) e do Noroeste do Paraná vivenciam um problema de rendimento. "Agentes dessas localidades informaram que há grãos com peneira menor, além de frutos com casca mais grossa na praça paulista, o que reduz o rendimento desses lotes no beneficiamento. A expectativa, porém, é de que os próximos cafés apresentem melhoras", comentou Silas.
Já no Sul de Minas Gerais, principal região produtora de arábica, o cenário é favorável. "A maior parte de nossos associados tem comunicado que os primeiros lotes de café dessa região apresentam boa peneira e, por consequência, bom rendimento no beneficiamento, com qualidade superior à do ano passado", conclui.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC)