Segundo o vice-presidente da cooperativa, Marco Antônio Lobo Sanches, em entrevista exclusiva à Agência Safras, produtores da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Poços de Caldas, no Sul de Minas, destacam que a colheita da safra 2023 de café está em torno de 43% a 45%.
“Com a chuva que tivemos em maio, os cafés secaram muito rápido e acelerou o processo da planta. Os cafés não estão dando aquilo que se esperava, em termos de produção. Tivemos uma florada na região há uns 15 dias, e uma parte da próxima safra já está perdida em algumas lavouras”, informou o vice-presidente.
O clima está sob efeitos do El Niño e das secas que tiveram nos anos passados, o que acabou complicando a fase fisiológica do café, que levará no mínimo de 2 a 3 anos para recuperar o período do ano seco.
Já a qualidade do grão não é o que se esperava. Com a aceleração da parte da granação, os cafés secaram muito rápido e isso prejudicou a qualidade da bebida. Marco Antônio afirma que alguns produtores já estão encerrando a colheita, notando-se um movimento fraco, com os armazéns com poucos cafés. Já em relação ao beneficiamento, Sanches comenta que tem aparecido uma catação alta, o que significa um café defeituoso, malformado, preto ou verde.
De acordo com o vice-presidente, a safra deste ano não será maior que a safra passada, pois o rendimento não é o que se esperava. Já em relação a comercialização, ele disse: “acredito que ainda não foi muita coisa, mas de qualquer maneira já foi comercializada uma parte, pois é de onde sai a condição de pagamento para compensar os custos e os gastos com relação à colheita”.
As informações são do Canal Rural.