De acordo com as perspectivas apresentadas no final de fevereiro pelo gerente da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), Roberto Vélez Vallejo, a produção de grãos no primeiro semestre deste ano, se comparada ao mesmo período de 2017, será 3% menor devido às condições climáticas.
Segundo ele, apesar das dificuldades do clima, a produtividade no final de 2017 foi alta: 18,8 sacas por hectare, 3% a mais em relação a 2016, onde o país apresentou 18,3 sacas por hectare.
Vallejo destacou que todo o trabalho da Federação e da aliança está focado em fazer do café uma atividade competitiva e lucrativa, reduzindo seu impacto ambiental e melhorando as condições do produtor no ambiente de mercado. Ele ainda ressaltou a importância de manter iniciativas, como a renovação das plantações de café, que até este ano atingiu 90 mil hectares. No ano passado, foram renovados 72.849 hectares de plantações.
Tentando buscar uma produção de café mais produtiva e sustentável, a FNC continua desenvolvendo variedades resistentes à ferrugem que se adaptem melhor ao clima. Além disso, fatores como a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico, a assistência técnica do Serviço de Extensão e o compromisso com a produção de cafés especiais e de valor agregado, continuam representando vantagens competitivas do café colombiano, segundo a FNC, em relação à indústria global.
No país, atualmente, 83,95% da cafeicultura é recém-plantada (até 7 anos) e mecanizada; 13,73% é constituída de cafeeiros antigos (acima de 7 anos) que também utilizam de colheita mecanizada; e 2,31% é cafeicultura tradicional. De todas as áreas de plantio, 61,31% são plantações de café em exposição total ao sol, enquanto que 38,69% das culturas estão sob semi-sombra ou sombra.
A FNC também ressaltou que, no país, 550 mil famílias são cafeicultoras, tendo, no total 903.951 hectares em 664.062 fazendas. Com isso, pode-se concluir que a propriedade média dos produtores colombianos é de 1,63 hectares.
As informações são do El País. / Tradução Juliana Santin