A Coca-Cola Brasil, uma das maiores multinacionais do mundo, lançou o Café Leão, um produto 100% brasileiro, no final do ano passado. O blend é composto por uma mistura dos grãos do Cerrado Mineiro e das montanhas do Espírito Santo, com uma produção realizada por pequenos e médios produtores destas duas regiões. A expectativa da empresa é que a demanda pelo produto dobre nos próximos cinco anos.
Foto: Ivan Padovani/Café Editora
De acordo com o analista de mercado Marcus Magalhães, em entrevista para o portal Canal Rural, a notícia veio para coroar todo o trabalho que os produtores de café especial têm feito nas lavouras. Além de provar, para todos, que o país não precisa importar café.
"A conclusão que a gente chega é de que o consumidor não aceita mais beber café pelo simples fato de ser preto e quente. Ele tem que ter aroma, sabor, uma história, um algo a mais para oferecer", disse. Para os produtores que têm qualidade, esse "algo a mais" está relacionado a uma melhor rentabilidade da atividade.
Em relação ao preço do produto, o analista acredita que a cafeicultura, no geral, tem a ganhar com o investimento da Coca-Cola no país. Mas faz um alerta aos agricultores que ainda não têm certificação de qualidade: "Essa história de produzir qualquer café para vender para qualquer um e a qualquer preço é passado. O futuro da atividade está dissertado na qualidade, na certificação e no profissionalismo, concluiu.
Abaixo, assista a entrevista na íntegra: