Da redação

O Conselho Nacional do Café (CNC), se posicionou contra elevação de 8% na Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) para os agroquímicos Clorpirifós, Fipronil, Imidacloprido, Metomil, Carbendazim e Tebutiurom. No último dia 20 de fevereiro, o CNC protocolou ofício no Ministério da Agricultura (Mapa) destinado ao ministro Blairo Maggi, apresentando seu posicionamento.

Em seu Balanço Semanal, emitido na sexta-feira (24/2), o Conselho ponderou que a “medida se fez necessária – e vem ao encontro de ação orientada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)”. Segundo o CNC, representantes da indústria química solicitaram ao Governo Federal a elevação da TEC para os produtos, com a alegação de fomentar a produção nacional.

No ofício, o CNC manifestou que, no caso específico da cafeicultura, o aumento da TEC para o Clorpirifós e Imidacloprido causará prejuízo fitossanitário, pois a elevação dos preços desses produtos aos cafeicultores dificultará o controle de importantes pragas no campo, como a broca-do-café, cigarras e bicho mineiro.

“Recordamos, também, que toda a cadeia produtiva convive com problemas resultantes do banimento do Endosulfan, desde 1º de julho de 2013, sem a disponibilização de alternativas eficientes, em tempo hábil, para o controle da praga Hypothenemus hampei (broca-do-café)”, pontuou o deputado Silas Brasileiro, presidente executivo do CNC. Segundo ele, os novos produtos, registrados somente de 2015 em diante, são comercializados a um custo muito elevado, de forma que o Clorpirifós ainda é uma importante alternativa.

“Por fim, com vistas a melhorar a competitividade das indústrias locais, entendemos como necessária a redução da carga tributária nacional ao invés da elevação da taxação dos produtos importados”, finaliza Brasileiro.