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CNC orienta que cafeicultores não abram novas lavouras no Brasil

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 24/04/2017

2 MIN DE LEITURA

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Por Thais Fernandes

Depois de reiteradas informações sobre a crise hídrica capixaba e o aperto no fornecimento de café interno no Brasil, o mercado externo parece já ter precificado o impacto dos acontecimentos no maior país produtor do mundo. No início de abril, a Organização Internacional do Café (OIC) avaliou que com estoques cada vez maiores nos países importadores e perspectivas favoráveis para a safra de 2017/2018, no Brasil principalmente, abrandaram um pouco as preocupações com a oferta.

A OIC pontou, ainda, que “esse panorama, combinado com perspectivas cada vez mais positivas para a safra 2017/2018, indica que não haverá uma inversão do declínio gradual dos preços no mercado observado no presente momento”. O dado refletiu no posicionamento do Conselho Nacional do Café (CNC), que teme a queda de preços contínua nos próximos meses.

Um dos escritórios de maior renome do país, o Escritório Carvalhaes, também se posicionou sobre a queda recente nos preços do café. “Ainda esta semana uma liderança das indústrias brasileiras de torrefação declarou que o abastecimento de café verde para o setor é crítico. O abastecimento é crítico, mas os preços caem”. 

RENOVAÇÃO DO PARQUE CAFEEIRO
Em seu Balanço Semanal, o CNC reprovou “em pleno início da colheita de robusta e às vésperas dos trabalhos de cata do arábica, o crescimento da instalação de viveiros de mudas de café e a preparação do solo para novos plantios”. Para a entidade, o fato é extremamente preocupante, uma vez que vai na contramão das sinalizações do mercado mundial e acabará por ocasionar a expansão da área e o aumento desregrado da produção.

O texto foi divulgado na última quinta-feira (20/4) e nele o CNC afirma que “a renovação do parque cafeeiro precisa e deve ser feita com sensatez, com a revitalização das lavouras antigas em áreas já destinadas ao cultivo do fruto e não com a abertura de novas lavouras”.

O objetivo é não estimular excesso de oferta e, consequentemente, aviltamento dos preços. O CNC afirmou que está desenvolvendo um projeto de renovação do cinturão produtor que permita que as safras futuras atendam à crescente demanda, mas de maneira sustentável através do aumento da produtividade, que se dará por meio do plantio, em espaçamentos melhores, de novas variedades mais resistentes a pragas e doenças, mais produtivas e precoces, rendendo colheita a partir do segundo ano.

Os próximos passos desse projeto, de acordo com o CNC, devem envolver visitas a campo para contatos com nossas cooperativas e suas diretorias, de forma que identifiquemos as principais necessidades e as áreas que precisam de renovação de maneira mais pontual. A orientação do CNC é que a renovação deve ser feita de forma escalonada, não ocasionando impactos substanciais nas safras e nos preços, que atualmente se encontram nos mesmos níveis praticados em 1982. 

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THAIS VELLOSO COUGO PIMENTEL

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/05/2017

Caros colegas, sou relativamente nova no ramo mas minha intuição e experiência limitada sugerem concordância com Alexandre, o "sofredor" e com Tércio. De fato me pareceu no mínimo inconsequente a proposiçõ da CNC...parece entendimento de política econômica do século XIX!!!
RENATO H. FERNANDES

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 05/05/2017

Eu quem agradeço, Tércio.



E, faço uma complementação.  Para pequenos produtores, que tenham água para irrigar e condições edafoclimáticas propícias (o tal do teroir) há possibilidade de focar em mercados de nicho de qualidade.



abraços
TÉRCIO PASCOAL

VILA VELHA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 05/05/2017

Renato,

Obrigado pela excelente complementação sobre o meu comentário.


RENATO H. FERNANDES

TEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 03/05/2017

Concordo plenamente com você, Tércio.

A iniciativa do CNC peca, em primeiro grau, por ser pueril e inócua. Não vale portanto sequer ser avaliada.

Os fatores determinantes da competitividade na cafeicultura brasileira são plenamente conhecidos: escala de produção, mecanização do cultivo, gestào de custos, uso de irrigação e acesso a mecanismos de fixação de preço (para o qual a disponibilidade dos dois fatores anteriores é pré-requisito).

Quem tem acesso a estes fatores é competitivo, mesmo na atual conjuntura (passageira) de mercado, até porque não vende café aos preços vigentes em plena safra. E vai continuar plantando e sendo competitivo, quer o CNC queira ou não.

Quem não tem acesso a estes fatores deve, sim, pensar seriamente em parar de plantar e até em sair da atividade.


TÉRCIO PASCOAL

VILA VELHA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 03/05/2017

Me parece pouco coerente uma instituição que se diz representante do setor cafeeiro, tentar controlar preços com redução na produção.

Para não ser deselegante, e no mínimo míope a orientação do CNC, que já se mostrou incapaz de entrar no real problema dá cafeicultura brasileira, para a busca de soluções adequadas.

Enquanto o mundo busca aumentar a sua produção com qualidade enxergando a oportunidade que as pesquisas de mercado apontam, temos uma representação que orienta exatamente o contrário.

Será que sabem a grave consequência que podem causar?

Com o crescimento médio de 2,5./. no consumo de café no mundo e, com viés de alta com a China entrando de vez no mercado consumidor, haverá daqui a 10 anos necessidade de ofertar ao mercado mais 35.000.000 de sacas.

Isto representa 70./. a mais em produção, do maior produtor mundial.

Se não tivermos preparados para suprir este mercado, certamente a concorrência agradecerá.

Poderemos deixar de sermos os maiores produtores e maiores exportadores, com graves riscos não só para a cafeicultura brasileira mas para a economia como um todo.

Um momento ou ciclo de preços baixos, não podem ensejar orientação de tamanha incoerência com relação ao mercado.

Tentar controlar preços com redução na oferta e teoria econômica dá pré história.

Me perdoem os que definem essas orientações mas, não entendem absolutamente nada de mercado.

O que o CNC deveria fazer, e um real diagnóstico dá cafeicultura brasileira, com orientações e apoio aos empresários dá atividade cafeeira, como melhor trabalhar a eficiência, a gestão e principalmente a comercialização de seus produtos.

A inclusão de novas tecnologias, de redução de custos, de gestão profissional e eficiente, assim como o mundo produtivo faz.

É hora de termos nas representações, pessoas que pensem o setor de forma profissional, coerente e, sem segundas intenções.

Esse discurso de não plantar mais para não termos superprodução em um momento que a demanda aumenta de forma consistente, acarretará em proteger os maus produtores em detrimento daqueles que implementaram evolução no jeito de produzir.

Seria a melhor forma de privilegiar e premiar a incompetência e/ou a ausência de competência para a produção.

Há muitas coisas para fazer a favor dá cafeicultura, que sequer passam pela cabeça dessas representações velhas e arcaicas.
MAURÍCIO DE ALMEIDA RIBEIRO

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/05/2017

Meu prezado  Alexandre, "Sofredor Rural" assim como eu. A culpa é nossa, ainda não percebestes? Porque não produzimos outra coisa, qualquer coisa é melhor do que café. Lembra-te da questão da importação de cafe neste inicio de ano? Como continuar nesta cultura café?Quem não lava dinheiro tem que trabalhar e muito!!! É lamentável o que este governo e os governos passados estão fazendo e fizeram com a politica cafeeira do nosso país.Jogaram no lixo, assim como estão fazendo com a previdência social, CLT, preços mínimos - este é ridículo, e mesmo assim continuamos produzindo com prejuízos. Porque? Para quem? Eu tenho somente uma resposta: A esperança de que dias melhores virão.

Abraço a todos os "sofredores rurais" deste país.
WIDERBROW MOTTA

JAGUARÉ - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/05/2017

Meu prezado Alexandre Castro Cambraia! Concordo totalmente com você!!!! Simples assim!!
ALEXANDRE CASTRO CAMBRAIA

OLIVEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/05/2017

  "Ainda esta semana uma liderança das indústrias brasileiras de torrefação declarou que o abastecimento de café verde para o setor é crítico. O abastecimento é crítico, mas os preços caem".  Ainda bem que os estoques públicos estão se esgotando...pois os leilões de venda realizados pelo governo este ano só serviram para despencar os preços ainda mais!!!

Gente, produtor rural é burro, trouxa, escravo do mercado e dos 4 ou 5 grandes players que controlam precos e dominam o mercado mundial, todos bilionários ao custo do nosso suor e do nosso trabalho... Produtor rural deveria se chamar Sofredor Rural. Não entendo como a classe pode se conformar com preços na casa dos 490 reais...quando eu mesmo vendi café a 6 anos atrás (2011) por 560 reais... Ora, se os custos como salários, energia, combustível, insumos todos subiram vertiginosamente durante todos esses anos...como fazer para se obter o mesmo resultado?

Por favor me digam qual indústria, comércio, serviço, qual empresa de qualquer área ou setor que sobrevive tendo todos seus custos aumentados...e o preços de seus produtos e/ou serviços reduzido? Qualquer comerciante que tem seu custo aumentado repassa os preços ao consumidor. Nós somos os únicos trouxas do mundo no qual o cliente é que  determina o preço que vai pagar no nosso produto!!!? :(  Não sei sinceramente como a cafeicultura sobrevive assim... Sinceramente cansei de ser Sofredor Rural...resolvi partir pro lado da indústria e torrar e comercializar minha própria produção... Cansado de ver os outros colocarem defeitos no meu café e rebaixarem o preço do meu café, que hoje eu sei, é top de linha...Fui finalista do concurso de cafés especiais da Emater 2016 , o que corrobora tudo o que os compradores alegam na hora da venda...o café está verde, está desigual, café de chão, etc...etc...jogando o preço lá embaixo para na venda/exportação ficarem com todo nosso lucro.

A cafeicultura está insustentável nesse país, a maioria das grandes fazendas de café que conheço são de empresários milionários que de tanto lucrar em negociações escusas com o governo em outras áreas ( como a construção civil) resolveram apostar na cafeicultura e " brincar" de produzir café com investimentos milionários para lavar dinheiro...  Tem muito político, e seus amigos laranjas lavando dinheiro das propinas e negociatas excusas em seus negócios na cafeicultura... Esses não precisam de política de  preços justos e renumeradores...não estão nem aí para o lucro e sustentabilidade de seus negócios....então me expliquem como o mero pobre, humilde e simples pequeno ou medio produtor ( Sofredor) rural pode sobreviver em um mercado assim?
SOLUTEC

SERRA - ESPÍRITO SANTO - INSUMOS PARA INDÚSTRIA, DISTRIBUIÇÃO E VAREJO

EM 26/04/2017

temos uma das melhores tecnologia agropecuária do mundo, mas tem muito a melhorar tanto pra o trabalhador do campo como pra quem presta serviços, a desvalorização de alguns prejudica outros, vc tem um produto, vc vende por (X) ai vem a coocorrência desleal e vendo o mesmo produto mais em conta, pra ganhar clientela, temos que pensar no preço justo o quanto aquela pessoa trabalha pra oferece um produto de qualidade, e não apenas um produto qualquer..
ELDER G. BALDON

NOVA VENÉCIA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/04/2017

Concordo, amigos produtores, parem de plantar café.menos é mais. Menos café, mais valor do produto.
LUIZ ANTONIO GOBEL

NOVA RESENDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 25/04/2017

ESSA REALIDADE DEVE SER  DISCUTIDA E AMPLIADA ANTES QUE SEJA TARDE, POIS O AUMENTO DE PLANTIO ESTÁ EXCESSIVO , ISSO ACARRETARÁ O RELATADO MUITA OFERTA E QUEDA DA DEMANDA IMPLICA EM QUEDA DE PREÇOS POR SACA, ISSO TAMBÉM IMPLICARÁ NO PREJUÍZO DOS PRODUTORES DE MUDAS QUESTÃO TAMBÉM QUE DEVE SER AVALIADA ANTES DA SEMENTEIRA REALIZADA, POIS OS INVESTIMENTOS NO SETOR SÃO ELEVADOS E OS PREJUÍZOS GRANDES...MUITA ATENÇÃO E RESPONSABILIDADE NESTA HORA.

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